sexta-feira, 15 de março de 2013

Treino 42 - Em nome da arte

Semaninha meio bagunçada, essa... Com o deslocamento (proposital) do treino longo em pista para o sábado, dia em que acontece (ou pelo menos começa) a prova-alvo desta preparação, fica zoado o meu esquema básico de correr dia sim, dia não. Nada que não se resolva, todavia, com um rodízio de funções entre a sessão de musculação de quinta-feira e o treino de rodagem da sexta.

Na verdade, prefiro esse rodízio, mas...
Mas havia um (bom) problema a resolver. Andei ganhando fama (injusta) de papa-tudo nos sorteios e promoções nas redes sociais. Até faturei uma ou outra, já que participei de inúmeras, a maioria delas concursos culturais ou coisa do tipo "seja o primeiro a responder". Com isso, "secaram" tanto que acabei virando um papa-nada. Voltei a ser o azarado de sempre, que não ganha nem frango assado em bingo de quermesse. Se meu nome estiver no papelzinho dobrado dentro do chapéu, sai a etiqueta antes dele...

Só um pouquinho menos que o Tavares...
Como toda regra tem sua exceção, vez ou outra a sorte bate, até por questões estatísticas. E um dos prêmios que mais gosto de ganhar é esse: ingressos para o teatro. É bom demais ver minha cidade, que já foi carente ao extremo de opções de lazer cultural, na rota de bons espetáculos, recebendo nomes consagrados. Acho fantástico poder proporcionar ao meu filho um tipo de diversão que não tive na minha infância. E também recuperar meu próprio tempo perdido.

Brincadeira... Chame sim!!!
Falando em tempo, tinha bem pouco para o treino. Terminei o trabalho (dois clientes para atender à tarde!), peguei o guri na escola, voltei, vesti o uniforme de super-herói rapidinho... E saí de casa para uma versão compacta da rodagem prevista. Para agilizar, nem caminhada de aquecimento teve, foi trotezinho suave logo de cara mesmo. Na cabeça, um roteiro por ali mesmo, que eu já havia feito uma única vez, embora não exatamente idêntica, em tempos idos. Eu queria zigue. Eu queria zague.

E fiz ziguezague. MESMO!
Pode (e deve) parecer maluquice, mas eu sempre me divirto fazendo esses treinos de entra-e-sai de ruas paralelas. E o Jardim Satélite as têm de montão, favorecendo a brincadeira. Desta vez, ao invés de começar pela Avenida Cassiopéia, peguei a rua oblíqua que desemboca na Cidade Jardim. Percorreria em vaivém cada uma das ruas que dão esse nome ao segmento residencial do bairro, com parque, deck, pista de bocha e bela vista para a rodovia que vai para o litoral.

Setor 1
Depois das seis ruazinhas curtas, de pouco mais de 130 metros, cruzaria a via principal, pegaria a Avenida Iguape. E faria novos volteios pelas ruas um pouco maiores, com 400 metros cada, entre a Andrômeda e a Cidade Jardim, fechadas na metade pelo passeio de mesmo nome. Uma delas, a Itambé, com apenas uma das partes e terreno ocupado pela escola Prof. Joaquim Meirelles, velha adversária (e freguesa) nos jogos de voleibol dos anos oitenta, pelo ginásio de esportes e a praça, que tem uma pistinha de 330 metros, onde não correria desta vez, mas ainda vou fazer um treino de giros qualquer dia desses.

Setor 2
Na sequência de ziguezagues do comecinho de 2009, também faria treinos semelhantes em outras partes do bairro, os chamados BNH e Satélite Velho. Ficam para outros dias. É um grande barato. Não há uma única rua em que você não assanhe toda a cachorrada da vizinhança, que late nos quintais como se o mundo estivesse acabando. Onde tem saída de escola, seja ela infantil ou de "aborrescentes", sempre rola um bullying discreto, velado. Hoje em dia, talvez nem tanto. Acho que não sou mais tão engraçado assim correndo. De vez em quando, pinta até um fiu-fiu... O tiozinho, quase 4.2, fica envaidecido. Só não contem isso, por favor, para a D. Janete!

Fiu-fiu o c... aramba!
Concluído o divertido treino-relâmpago, simbora para o Teatro Colinas. A noite não era exatamente de peça, mas de um show musical. A expectativa era boa: a coletânea de músicas compostas e usadas como verdadeiros hinos de resistência e esperança durante os anos de chumbo da ditadura militar já era, por si só, um atrativo. Mas foi ainda mais positivamente surpreendente a belíssima interpretação dada a elas pelo jornalista e apresentador Carlos Abranches, ao lado de sua Banda Livre. "Canções de Protesto" é um espetáculo para ver, relembrar (ou conhecer) e se emocionar. E ainda há duas apresentações, nas próximas quintas-feiras de março. Recomendadíssimo. Valeu a pena até correr um bocadinho menos...

Isso é música, lelek...
Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/284387282

Resumo do treino:







4 comentários:

  1. Vc lá no Papo de Esteira ,viu?

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  2. Oi Fábio,
    Este treino zigzag é bem engraçado mesmo. E porque não se divertir correndo??
    Só torço que as ruas não sejam muito movimentadas, afinal correr entre carros é chato né?!

    Curti seu post! ;)
    abraço e bons km's!

    Helena
    correndodebemcomavida.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Obrigado pela visita e mensagem, Helena!

      Engraçado mesmo... Precisa ver a cara de quem vê a gente entrando e saindo das ruas. Só falta ligar para o hospício!

      Neste trecho específico, quase não há trânsito. As ruas são fechadas por esse passeio e não têm saída. A parte movimentada é só as das avenidas. O resto é bem tranquilo para correr.

      Abraços!



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