sexta-feira, 29 de março de 2013

Treino 51 - Vacalhau & Binho

Se fosse no tempo da vovó (a minha ainda está por aí, firme e forte aos 9.0!), nem sair para treinar a gente poderia... Sexta-feira santa, afinal! Mas, no meu catecismo, não há dia impróprio para correr. Impróprio é NÃO CORRER. Que religião há de ser contra cuidar da própria saúde, física e mental?

Heresia é o preço do bacalhau
Um programado para esse dia em especial, não poderia ganhar outro apelido que não "Treinão do Bacalhau". Mestre Toninho quem batizou. Seu xará Tonico foi quem se ofereceu para nos receber em sua casa. Sobrou para este que vos escreve a costumeira missão de bolar o caminho.

Preparando o lanchinho pós-treino
Como mais uma vez a planilha preconizava uma duração maior que eu levaria para fazer os 19 km do roteiro montado, não tive outra alternativa senão acordar mais cedo e começar o trotezinho de aquecimento da porta de casa. Pouco depois das sete da manhã, com um gostoso friozinho, já estava com o pé na estrada. Mesmo. Aproveitei a paradeira do feriado para seguir pelo caminho mais curto, passando pela marginal da Dutra. Triste foi tomar vento contra de caminhão na fuça.

Tipo assim
7,3 km depois, chegava à casa do amigo e companheiro de equipe no Jardim das Indústrias, sendo recebido com efusivos cumprimentos pelos treinandos já presentes. Aguardamos pela chegada dos demais e, minutinhos depois das oito, largamos para o intrincado roteiro, que tentei (meio em vão) explicar com palavras escritas e fotos do Google Street View no Facebook; e em breve briefing pré-treino.

O time
Começaríamos atravessando a avenida da Ferradura e contornando a grande praça por detrás dela. Sairíamos de volta na via em forma de pata de cavalo e daríamos a volta em quase toda ela, atravessando a Rio-SP pelo viaduto, pertinho de onde havíamos largado minutos antes. O grupo, a princípio, não se dispersaria muito. Coisa atípica. Normalmente, em dois quilômetros, já estaríamos mais espalhados que bolas de sinuca depois do estourão.

Sigam o líder
Seguiríamos, ainda mais ou menos agrupados, pela longa Avenida George Eastman. A fábrica da Kodak foi embora e deixou só o nome de seu fundador. O rumo era ao bairro dos galpões de pequenas, médias e até algumas grandes empresas, o (ou as) Chácaras Reunidas. O projetista do treino estava mesmo com vontade de fazer contornos. Já era o terceiro do dia. E o treino ainda estava só começando.

Chácara mesmo, quase não tem
Subimos pela entrada principal do bairro e seguimos seu traçado à esquerda, com vista para bairros da cidade vizinha de Jacareí. A cachorrada de um terreno só com arame farpado bem que tentou avançar nas canelas, como aconteceria outras vezes mais à frente. Por sorte, a pontaria do Toninho era boa. Mirou o pedregulho e quase que o dogão ganhou um supositório de granito. Who let the dogs out?

O dono sempre diz isso...
Concluído o giro pelo distrito fabril, e com o valioso apoio da Vanda (que só correria à tarde) e da Ana Lucia (que já fechara a sua participação) para a hidratação e fotos, partimos para o bairro seguinte, o 31 de Março... Com dois dias de antecedência! Passamos pelo Vale do Sol e seguimos para o maior bairro das redondezas, o Parque Industrial. Antes de esticar pela Estrada Velha, faria um pit stop no posto de combustível. A garrafinha já estava vazia. O frentista ficou assustado quando eu disse que já havia corrido quase 19 km.

Comum ou aditivada?
Com a parada, perderia contato com os parceiros Toninho e Silvio Lima, o jungle man, de férias por aqui. Seria ultrapassado pela dupla Edson e Raphael e só alcançaria a ultramaratonista Odila, com apoio pedalístico do Kleber, ele se recuperando de um estiramento na panturrilha. Nas descidas até a Rua Goiânia e pela Marechal Teixeira Lott, aproveitando-me do talento natural rampa abaixo (e só!), até me aproximaria novamente dos companheiros de boa parte do trajeto. Mas deixaria que eles escapassem nas subidas da Rua Valença e, mais tarde, até mesmo da passarela em frente ao hipermercado. Nem de escadinha, pô? As pernas já estavam ficando pesadas...

Esbanjando disposição... Eles!
De volta ao lado da rodovia de onde partira para minha segunda fase do treino, arranquei pela Avenida Benedito Matarazzo, herdando a companhia do amigo ciclista para os quilômetros finais. E até conseguiria manter uma boa pegada neles, sem caminhar (ou rastejar) mais até terminar. Apesar da descida, os 4'56'' de pace médio nos últimos 270 metros ilustram o que estou dizendo. Cheguei (bem) cansado, abrindo mão inclusive do caminho de volta até minha casa, para completar as três horas previstas. Mas inteiro. E satisfeito por fazer mais um excelente treino, ao lado de grandes camaradas.

Só o pó da rabiola
Demorei um pouco para conseguir experimentar os bolos variados que estavam ao nosso dispor sobre a mesa da casa do Tonico (obrigado, meu irmão!). Mas não poupei a água e nem os múltiplos sabores dos sucos em caixinha. Como caíram bem! Aproveitando a carona da Ana, a única que iria para a zona sul, acabei ficando pouco tempo por lá para o impagável blablablá... Mas tinha a feliz sensação da missão cumprida. Mais uma vez.

Sinfonia em dois atos
Link no Garmin Connect:

Resumo do treino:


8 comentários:

  1. Valeu, Fabinho!

    Bons treinos e um ótimo feriado para todos vocês.

    Corra para Vida!
    http://corraparavida.blogspot.com.br/

    Abs,
    Gabriel Rodrigues(Adm. Grupo Corredores de Rua - RJ)

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    1. Obrigado, Gabriel! Aproveite o feriadão para ótimos treinos também.

      Abraços!

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  2. Grande treino Fábio, show de bola.
    Espero outros como este até o dia 21/04.
    Sílvio Lima

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    1. Valeu, Sílvio! Sempre uma satisfação ter você participando com a gente. Tenho certeza de que essas suas férias vão ser BEM produtivas.

      Abração!

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  3. Treinão de profissa. Feliz pascoa. BjsDaniSommer

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    1. Nada, Dani. De amador persistente, só... ;-)

      Bjs e feliz Páscoa!

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  4. Antonio Ariovaldo dos Santos30 de março de 2013 às 12:36

    Que treino legal!!!Obrigado pela companhia de todos,que participaram deste magnífico treino que sempre é melhor que muita prova boa,obrigado ao grande amigo Tonicão que nos serviu um lanche muito bom com bolos,café,sucos e nos deixou muito tranquilo em sua casa.Obrigado pessoal,estaremos sempre juntos....

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    1. Legal mesmo, Toninho! Como têm sido, aliás, todos eles, os treinos desta preparação, principalmente esses que reúnem os nossos amigos corredores. Mesmo que eu não alcance o sonho de correr as 24 horas, o caminho até lá certamente já terá valido muito a pena. Abraço e muito obrigado pela companhia de sempre.

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