Até pelo fato de ter corrido no
domingo durante menos tempo (e quilômetros) que o planejado, cogitei trocar a folga prevista na planilha por um trotezinho à toa na segunda-feira à noite. Disposto o suficiente para isso, estava. Com dores musculares remanescentes dos quase 32 km da véspera, não. Ainda assim, pensei bem e optei pelo
day off. Como diriam meus amigos juristas,
in dubio pro reo.
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E a gente respeita |
Quando montei este roteiro de treinos, achei que ficaria cansado
mesmo depois do longão-mór de cada microciclo. Além do óbvio descanso no dia posterior, reservei também uma sessão de musculação apenas para a parte superior na terça-feira. Pode até contrariar a vontade, mas faz prevalecer a cautela e o bom senso. E, em relação a eles, melhor sobrar do que faltar...
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Até 1002, eu diria |
Mas uma concessãozinha, de vez em quando e feita com critério, não faz mal. Pelo contrário. Minha amiga e
corredora-revelação (já fez, e com muito sucesso, as 24 horas que eu tanto almejo) Odila Noronha, citaria ontem em seu mural no Facebook o
über-ultramaratonista Dean Karnazes, em sua obra-prima e façanha "50 Maratonas em 50 Dias":
"A chave para manter forte e por longo prazo a paixão pela corrida é assegurar que ela permaneça uma viagem e nunca uma rotina"
Bem por aí... Se sigo, quase dez anos depois de arriscar aquela primeira corridinha na Área Verde, tão apaixonado pelo esporte quanto aquele principiante da década de zero-zero, é porque faço dele uma legítima viagem... Quase um passeio de montanha-russa: cheio de
loopings, quedas livres, subidas
a milhão, volteios e serpenteares.
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Adrenalinalizante |
Assim, se me dá na telha que devo fazer junto com a série de musculação uma meia horinha de esteira, simplesmente vou lá e faço. Não amarro meu hobby a regras rígidas, não tenho correntes. Mas também, como filosofia de vida e não apenas no esporte, sou experimentalista. Quando sinto que tomei uma decisão errada, não tenho o menor pudor em reconhecer e voltar atrás.
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Um lema |
Tudo isso apenas para dizer que o treino #40 dessa preparação foi o menor de todos até agora. Fiz apenas 1,73 km em 10' no
brinquedo do hamster, treinei forte por uma hora e meia nos pesos e aparelhos, poupando apenas as pernas. Sentindo que não estava tão bem quanto imaginava e vendo as esteiras da academia ocupadas por caminhantes (nada contra eles, já fui um, inclusive; mas que dá uma sensação de
ô, desperdício, isso dá!), optei por encerrar as atividades do dia com mais dez minutinhos no elíptico.
E assim, ouvindo sempre o meu corpo, eu vou levando a vida... E os treinos!
Legal Fábio.
ResponderExcluirÉ importante um dia de "revolta" às vezes.
Parabéns pela coragem e bons treinos!
Verdade, Luiz. Eu sou meio "revoltado", mas, no final, dá tudo certo.
ExcluirAbraço e bons treinos pra você também.