quinta-feira, 21 de março de 2013

Treino 45 - Por linhas tortas

Não tenho férias, não tenho 13º, não tenho FGTS... Meu único benefício é um horário de trabalho flexível. Entre um cliente e outro para atender, se sobra um tempinho, posso usá-lo da maneira que melhor me convier. Ontem, quarta-feira, excepcionalmente não um dia de treino coletivo (o da madrugada de segunda para a terça já substituíra a contento), por ter um compromisso justamente no horário habitual de correr, tinha que me virar para fazer isso em pleno horário de batente. Antes de sair para a correria no mau sentido.

Mal necessário, leitinho das crianças
Como dizem por aí, o melhor horário para correr é o possível. Ou o que você gosta. Há os corredores matinais; e eu não sou um deles, durmo tarde e, por consequência óbvia, tenho enorme dificuldade de acordar cedo. Existem as criaturas da noite, e essa sim é a minha tribo. Por mim, 99,9% (ou mais) das corridas seriam noturnas. E tem também os exóticos, gente que sai correndo, por exemplo, em pleno horário de almoço. E sem direito a vale-refeição.

Vai uma saladinha aí?
Pensei até em atrasar a refeição e fazer o treino logo depois de deixar meu filho na escola, à uma da tarde. Mas isso bagunçaria demais o cronograma, jogando a hora de almoçar para perto das duas. E me fazendo correr o risco de comer em dobro, ao chegar todo esfomeado. Fui pelo caminho mais seguro. Almocei ao meio-dia e saí para correr às duas da tarde, saciado e de digestão feita (ou quase).

Ok, eu como a pirâmide inteira (de uma só vez)... Mas desconto na base.
Sem muito tempo livre, optei por percurso caseiro, no meu próprio bairro. Quase saí para outro daqueles ziguezagues, mas achei que eles já estavam começando a ficar manjados. Fui por aí sem rumo. Comecei descendo a Cidade Jardim, no sentido bairro-centro. Virei na primeira rua à esquerda e fui fazendo escadinha, dobrando novamente a cada esquina que surgia. De preferência, para o lado onde houvesse descida.

Se eu tivesse grana, mudava para esse outro esporte, em que a subida é de teleférico
Por linhas tortas fui correndo certo, pelas ruas, vielas e avenidas do velho "Satelão". Praticamente só lugares onde eu já havia estado, mas nunca todos juntos. O trajeto em si, era inédito, portanto. Já bastava para fazer do treininho inusitado da tarde algo ainda mais diferente (e interessante). Após serpentear pelo Floradas de São José, setor vertical do bairro, contornei duas das laterais do shopping. Quase entrei nele, mas nunca se sabe o que os seguranças vão pensar de um caboclinho correndo pelo estacionamento... No dia em que a gente marcou um treino saindo de lá, foi o maior bafafá. Fomos chamados por um deles até, imagine, de atletas.

Corra que a polícia vem aí...
Atravessei a Andrômeda e fui para a parte mais antiga do bairro, não estranhamente chamada de Satélite Velho. Velha e cheia de calombos. Para onde se olhe, ou é morro acima, ou abaixo. Desci e fui brincar no parque ecológico (tem até placa com esse nome) que virou o antigo buracão que ficava ao lado do Poliesportivo João do Pulo. Aterrado (há tempos), agora com pista para caminhada e brinquedos para as crianças, poderia melhorar bastante, mas já ficou bem mais aprazível que o antigo lugar onde íamos apanhar argila para os trabalhos de educação artística da Dona Luisona (por aqui, quase todo mundo teve aula com ela nos anos 70/80/90).

Barato não foi. Mas ficou legal.
Depois de uma volta no parque, parei um instantinho no próprio centro para um gole d'água. Resisti à "tentação" de uma volta adicional na pista de atletismo. Subi o morro da Perseu, cruzei novamente a avenida mais movimentada do bairro e voltei a fazer escadinha pela região inicial do treino, agora no sentido inverso e por outras ruas. Completaria os quarenta minutos ou pouco mais de sete quilômetros pelo Passeio Cidade Jardim e a praça ao lado do ginásio de esportes.

Caminho tortuoso
Missão esportiva do dia completa (experiência interessante, correr no mesmo horário esquisito em que deve começar a prova de junho), banho ligeiro e tome mais trabalho. A vida continua. E não pára.

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/286771206

Resumo do treino:


4 comentários:

  1. Bacana seu post Fábio. COrrer na hora do almoço sem direito a vale refeição é para os fortes mesmo rsrsrs.

    Legal que você conseguiu treinar, isso dá ânimo e alegria.
    E que venha um novo dia pela frente.
    Deus te abençoe

    Corridas do Luizz

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    1. Quem está se propondo a correr uma prova de 24 horas não pode se dar ao luxo de não ser versátil, Luiz. Tenho tentado me preparar, dentro das minhas possibilidades, da melhor maneira possível. Correndo até depois do almoço. Qualquer dia, quem sabe, até na hora do próprio.

      Abraços!

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  2. Se vira nos 40... minutos... rs.

    Abraço!

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    1. Essa é a semana do refresco, Gilson. A cada quatro tem uma. Eu mereço, acho.

      Abraço e bons treinos!

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