quinta-feira, 14 de março de 2013

Treino 41 - < Censurado > Cover

Há empresas organizadoras que se dedicam a promover eventos esportivos bem estruturados e se preocupam em prestar um serviço condizente com os valores das inscrições que cobram dos participantes. Mas há também, lamentavelmente, quem prefira perder tempo acionando na justiça quem usa um nome, que aliás, sequer deveria lhe pertencer, já que é o do santo do dia (eu é que sou bobinho e não pensei em registrar o de São João, proibindo ou levando royalties de todas as festas juninas do Brasil!). Há quem declare publicamente em entrevistas birrentas que "quer vir, bem, não quer, tem quem queira". Há quem pense que o corredor é só um detalhe... Não poderiam estar mais errados!

Não se deixe tratar assim
Para o mal ou para o bem, no entanto, esse nome é forte e segue sendo associado automaticamente a muita coisa que diz respeito ao nosso esporte. Ninguém se ofereceu para montar o percurso do treino desta quarta-feira, portanto, sobrou para mim novamente a missão... E eu capricharia na encomenda! A pedidos, depois de realizarmos coletivos em todas as regiões da cidade, voltamos excepcionalmente a um dos nossos locais de origem. Não para rodar em sua pista de terra com um quilômetro e uns quebradinhos. Mas para usá-lo como ponto de encontro, estacionamento, bebedouro e início do trajeto de rua. Ave, Vicentina!

Ponto de partida
Dessa vez, a chuva forte de outras quartas à noite deu lugar a uma garoinha fina, que não chegou a atrasar a "largada". Retorno de nomes ausentes das listas de treinos anteriores, tal qual o Aldo e o Fábio Siqueira. Consolidação de reforços importantes para o nosso escrete, como o casal Patty & Mateus e o meu amigo de infância Vinicius. E a visita ilustre da futura esposa do nosso companheiro Luis Carlos, Ivonete, vinda especialmente de Jequié, Bahia. Fotos oficiais devidamente tiradas, galera na pista.


Quase sempre dobramos à direita, sentido centro da cidade, quando chegamos à esquina da Prudente de Moraes com a Avenida São João. Quebrei a rotina dessa vez. Entramos pelo lado oposto, saindo logo em seguida da via principal após passarmos em frente ao inconfundível prédio vermelho, que se avista de vários pontos da cidade. Logo estávamos na descida fortíssima da nossa Avenida Paulista, lateral da escola em que me graduei técnico em informática nos anos oitenta (e onde fiz várias aulas de educação física, subindo e descendo aqueles morrões insanos). Martelo nas patelas!

A Paulista "caipira" e a cantina onde devorei muitos X-tudo
Chegamos à praça que os americanos chamariam de big weed e seguimos à esquerda na Anchieta. O rumo era oeste. O nome da via, também. Se você perguntar onde fica a Avenida Professor Alfredo Fernandes de Almeida em São José dos Campos, provavelmente ninguém vai conhecer. Na melhor das hipóteses, depois que você tentar explicar melhor, vão te dizer "ah, a Via Oeste, né?". Beleza de retão para uma corridinha.

Go west!
Mais uma quebra de tradição. Quase todas as vezes, chegamos ao final da nova avenida e dobramos à esquerda, nas eternas obras da futura arena municipal de esportes. Passamos reto desta feita, só pra contrariar. E inserir no caminho uma subidinha curta, mas esplendorosa (com o perdão do trocadilho local). Teve gente andando nela... E não fui eu!

Um grand splendor
Fomos alcançados pelo Giovani e o Rafael, que chegaram atrasados. Passamos pelo estacionamento da J&J, pela avenida da ferradura, pela marginal da Dutra e, a partir daí, o percurso, até então cheio de reviravoltas, viraria um retão só até o final, de volta ao parque de onde saíramos, oito quilômetros antes. O bloco, compacto, tinha a mim, Aldo, Tonico, Paulo, Toninho e Vinicius. Coisa rara. Normalmente, são duplas ou trios, no máximo quartetos. Rasgamos a Cassiano Ricardo, sem direito a escala no boteco de luxo recentemente inaugurado nela... Senão, ia ficar complicado subir a São João depois!

Terra de obreiro e de bardo
E veio ela, a nossa brigadeirinho. Quando treinei pela primeira vez, em 2005, para aquela cujo nome não se pronuncia, subi muitas vezes aqueles quatrocentos e cinquenta metros, de um posto de combustível ao outro. Na verdade, ela começa bem antes, ainda na descida. Cruza a Jorge Zarur, mais conhecida como Vidoca. E aí sim vira a subida não tão longa, não tão íngreme, mas um pouco de cada coisa. E que faz muito corredor marmanjão chamar a mamãe. Colei na mureta central e fui. A passos curtíssimos, mas sem andar.

São João disse que não, São João disse que não...
Perdi tempo no semáforo do final da pirambeira e contato com os companheiros Aldo e Paulo, que embalaram e eu não mais alcançaria até o Vicentina. Ainda assim, faria nos últimos seiscentos e poucos metros, pós-rampa, a melhor média de ritmo do dia, bons 5'18''. Mais rápido (ou menos lento) até que nas descidas.

Eis o caminho
Tropa re-reunida, com os que já haviam completado e os que foram chegando logo depois. Gente chiando, xingando a senhora minha mãe, pela supostamente cruel escolha do percurso. Só mise-en-scène. Eu sei que eles adoram. Ninguém veio obrigado, que eu saiba. E semana que vem, certamente estarão (quase) todos de novo por aí... No máximo, escolhendo outro "arquiteto" para o itinerário.

Dê o seu voto
Belo treino... E olha, nem custou R$ 120!!!

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/284090374

Resumo do treino:








6 comentários:

  1. Ô losco Fábio.
    Essa pegou de jeito, os caras estão procesando quem fala da prova? Rapaiiizzzzzzz.

    Chama o Ratinho pra fazer DNA e saber se são mesmo os pais da criança para poder exigir tanto direito.

    Belo treino e que desafios novos e maiors sejam constantes.

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    1. Acredite se quiser, Luiz... Processaram um famoso amigo corredor-blogueiro pelo uso da "marca". E mudaram o nome da corrida aqui de São José dos Campos, que tinha o mesmo nome. O santo, coitado, deve estar se revirando...

      Desafios não hão de faltar nunca.

      Abraço!



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  2. Ainda vão te chamar pra passar um treino pro BOPE.
    Abraço!

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    1. Você não viu nada, Gilson... O treino do dia 21/04 vai deixar o do BOPE com cara de jardim da infância, hehehe...

      Abraço!

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  3. eu ia dar uma paradinha no boteco nem que fosse pra comprar coca-cola gelada:)

    na cantina da Fac eu

    com um bando de 100Juízos, quem precisa de prova?! :)
    esses treinos de vocês são bacanas demais!
    e eu aqui pensando.... puxa, se meu bando Baleias morasse todo junto, eu ia arquitetar uns treinos de fazer tremer os quadríceps até dos que estão em dia com a planilha:)

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    1. A Coca-Cola dessa turma é amarela e com colarinho, Elis... ;-)

      Sério mesmo, tô meio desencanado de prova. Recusei hoje até cortesia. Ando muito mais contente com os treinos, sejam coletivos como esse, sejam os individuais como o que vou fazer no sabadão, no "habitat" da prova de junho.

      Baleias é uma equipe de âmbito mundial, quiçá interplanetário... Mas, se um dia for rolar um treino espacial, digo, especial, aceito um convitinho, viu? :-)

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