E segue o
Projeto
Lisboa, apesar de todas as dificuldades alheias a ele... Coisas da vida. Quem não as enfrenta? Às vezes, parece que o mundo despenca ao redor. E manter-se focado em um projeto esportivo pode ser uma maneira eficaz de manter a sanidade. O que fortalece e ajuda a encarar melhor todos os outros desafios.
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Há que ser forte |
Nesse mês de maio, meio que uma
pré-temporada (como já havia sido janeiro também), venho aproveitando para matar a saudade das corridas, que deixei propositalmente de lado enquanto estive dedicado à preparação para a ultramaratona. Além da
provinha em Redenção no sábado passado e da dobradinha (Energizer Night Race e Longão João do Pulo) prevista para o último final de semana do mês, tem também a minha sétima vez seguida na Volta da FEG em Guará, no próximo domingo. Só não dava para deixar passar a semana em branco, sem o "longuinho" semanal.
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Essa não dá para perder |
Convoquei então os nobres amigos para uma
sessão extraordinária em plena noite de sexta-feira.
Happy hour de corredor é no asfalto. Com outros planos em vista, a maior parte da moçada declinou. Mas Rafael, Tonico e Edson atenderam ao chamado, comparecendo na hora marcada ao Poliesportivo João do Pulo, aqui em meu bairro, o Jardim Satélite. Fugindo do ventinho frio e já que parecia que não vinha mais ninguém mesmo, largamos até uns minutinhos mais cedo.
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Quatro por quatro |
Com a proposta de rodar cerca de dezesseis quilômetros (ou dez milhas, que se usam para deixar mais
fashion a distância), bolei um circuito pelos bairros da zona sul. Como o centro esportivo fica bem no fundo de um "vale", não havia simplesmente como escapar da subida forte, logo no comecinho. Era só escolher por que lado do morro da Avenida Perseu escalar. Optamos pelo sentido centro-bairro.
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À direita, a pista do João do Pulo. À esquerda, o halfpipe da Perseu |
Cruzamos com o Vinicius no caminho, que esperamos estar recuperado das dores na panturrilha e presente conosco nos próximos treinos. E seguimos rumo ao Bosque dos Eucaliptos, onde a avenida muda de nome e passa a se chamar Salinas. Uma gostosa descidinha, só para relaxar. Antes de enfrentarmos a subida da pontezinha de acesso aos bairros Jardim Oriente e Terras do Sul. Bem movimentada, aliás, enquanto reconstroem a outra, da Avenida Guadalupe, derrubada pelas chuvas de verão (e serviços malfeitos pelas autoridades).
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Ponte Yoshinaga-san, cujo homenageado conheci em vida |
O traçado original previa seguirmos pela esquerda, rumo à Rua Maurício Cardoso e mais uma boa rampa. Todo mundo concordou que era preciosismo. Viramos à direita mesmo, na Fusanobu Yokota, para sairmos na mesma Avenida Gisele Martins, que separa o Jardim Sul e o Bosque dos Ipês do Jardim Morumbi, mas com inclinação um pouco mais suave. A galera é flexível. Melhor assim.
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Retão |
Rafa, mais arisco e com treino menor na planilha, sumiu à frente a partir daí. O trio remanescente manteve o passo lento, mas ritmado. Era, segundo Tonicão e Edson, também confirmados (assim como eu) no dia 7/7 no Rio, um treino típico para a maratona. Na cadência de uma seguimos rasgando a noite. Fiquei em dúvida se o mapa indicava guinada suave à esquerda no final da avenida ou atravessar para o lado do cemitério. Por via das dúvidas (no fim das contas, acertando), fiquei com a primeira hipótese.
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Medo? Só dos vivos... |
O populoso bairro do Campo dos Alemães, claramente, não recebe muitos corredores. Como chamamos a atenção por ali! Xingados (pelo menos mentalmente) por transeuntes nas calçadas e motoristas nas esquinas, pouco acostumados provavelmente com a presença de nossos companheiros de esporte. Ainda com medo de ter errado o caminho, convidei a dupla de amigos para uma nova mudança de planos. Ao invés de voltarmos direto para o Bosque pela esquerda, um
grampinho até o final da avenida do vizinho Dom Pedro I. Tem horas em que eu fico a pensar: será que detesto mesmo tanto assim as subidas... Ou não?
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To be or not to be? |
Depois desse apêndice inesperado, fomos sair na avenida onde moro. Quase cinco quilômetros por ela, até passarmos em frente à minha casa. Convidei os camaradas para um (literalmente!) isotônico, mas preferimos todos seguir adiante. Para outra conveniente mudança de rumo: nada de pegar a descida forte da Cidade Jardim até os arredores do shopping. Dobramos à esquerda na Cassiopéia e depois à direita na Andrômeda, cortando um pouco de caminho e não alongando o trajeto para dezessete, dezoito mil metros ou até um pouco mais. A marca dos dezesseis mil chegaria na descida rente ao João do Pulo. Mas já havíamos combinado terminar com uma volta em sua pista. Cumprimos.
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Solo sagrado |
Difícil acompanhar o pique do
vovô-garoto Edson, mas corri na cola dele até o final da reta. Não cronometramos o tempo isolado do "tiro" de 400 metros, mas deve ter ficado (bem) abaixo dos dois minutos. Chegamos inteiros, com sobra de fôlego e pernas, satisfeitos e cada vez mais confiantes em seguirmos todos firmes, cada qual rumo aos seus objetivos, comuns ou não.
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Belo passeio |
Domingo tem mais, nas ladeiras de Guaratinguetá. A carcaça velha e cansada até que está legal para elas. Que a cabeça, na medida do possível, também esteja.
Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/314112932
Resumo do treino:
Bom esses treinos surpresa. Tira o enfado. rsrs.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=uFgctURyGp4
Eita! Amália Rodrigues novinha eu nunca tinha visto... Nem sabia que ela tinha sido... ;-)
ExcluirNem sabia que ela tinha sido... ;-)
ResponderExcluirEssa não conhecia, a piada, muito boa.
Fala para Edson se preparar para Sesc-2014, foram "só" 30 segundos de diferença.
Darei o recado. Abraço e bom domingo.
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