Treino PL6 - Entrando pelo tubo

Bons corredores-fominhas (apesar de não estar propriamente fazendo uso da carteirinha nessa temporada) que somos, é claro que ficamos sentidos por não termos conseguido fazer a dobradinha de corridas no sábado. Sobretudo eu, que não fiz uma boa prova em Redenção da Serra mais cedo, e poderia ter tentado ir um pouquinho melhor em Pindamonhangaba. Mas seria doideira demais ainda emendar isso tudo com um treino longo na manhã seguinte. Quando falta sensatez, às vezes o acaso acaba decidindo por nós. E melhor que.

O biscoito favorito do corredor

Quando o alarme do relógio soou, na manhã de domingo, confesso que por pouco não preferi o edredom. Imaginem se tivesse feito mais seis quilômetros no começo da noite... Mas tomei a decisão certa, não havia dúvida disso. O dia amanhecera lindo, com sol, mas sem calor forte. E a animação da galera é sempre contagiante. Ainda ganhei uma caroninha do camarada Tonico, que passou por aqui com o Rodrigo logo cedo. Seríamos os primeiros a chegar ao bonito e quase deserto Poliesportivo da Vila Tesouro.

O quinteto

Edson chegou de moto; Aldo, correndo de casa para aquecer. E já estava formado o elenco. Raphael acabou não vindo de Caçapava. Toninho adiantou sua corridinha para sábado. Tinha gente treinando rampa no CTA. E o resto da patota, sei lá, vai ver a mamãe não deixou (hehehe)... Era dia, né? Parabéns a todas elas. Eu tenho o privilégio de passar todas, salvo raríssimas exceções, as tardes de domingo com a minha, uma tradição de família da qual não abrimos mão. Para mim, dia das mães não é só o segundo domingo de maio.

Tira a mão daí, menino!!!

Fotos batidas, percurso explicado pelo host Aldo, saímos trotando já de dentro do centro esportivo (que até quadras de tênis tem!). Partimos morro da Avenida Barbacena acima, rumo à Vila Industrial. Ficaríamos a manhã toda nos arredores dela. Mas dando muitas voltas por ali. Até a descida da João Marson e retorno no posto de combustível da Vila Guarani, o grupo seguiu coeso. Tonico e eu fomos para a calçada da direita e, a partir da subida do Morro do Regaço, definimos quais seriam os blocos do dia.

Regaçante

Dobramos à direita no alto do morro e fomos correr na paralela à Dutra, famosa por suas casas de tolerância. Devidamente fechadas àquela hora, é claro. Só uns cachorros que apareceram e quiseram cravar os dentes nas nossas canelas, mas deu para assustar os bichões e passarmos incólumes. Na volta à Avenida JK, agora morro abaixo, chegamos a nos aproximar bem do trio à frente. Sem desembestar. Estávamos apenas treinando e nos divertindo.

Como poderei viver sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia...

Mas logo viria outra mega-pirambeira para separar a turminha novamente. E essa seria irreversível. A facção mais ligeira escalou melhor a Avenida dos Cegonheiros, assim chamada em homenagem aos caminhões e seus choferes, prestadores de serviço para a vizinha fábrica de automóveis local. Não veríamos para que lado iriam Aldo e Edson, só continuaríamos a avistar o Rodrigo, pouco à frente. E fomos na cola dele. Sem sabermos que ele desistira do trajeto completo e já estava retornando ao ponto de partida.

Essa não é bico

Quando gritamos para perguntar, ele anunciou a decisão e instaurou-se o boné véio. Paramos no posto para perguntar (e encher a garrafinha) e descobrimos onde tínhamos errado o caminho. Ou pelo menos imaginamos isso. Voltamos, descemos a Estrada Martins Guimarães. E saímos tateando por aí, perdidos que estávamos. Fazendo uma bobagem depois da outra.

Todas as direções... Menos a certa!

Primeiro, erramos ao virar à direita. E saímos de novo no mesmo lugar, a base da avenida dos caminhões. Só de raiva, subimos andando. Pensamos até em desistir, mas descemos novamente a estrada e dobramos à esquerda, procurando a tal tubulação, os dutos vindos da refinaria, do outro lado da Rio-SP. Até achamos a dita cuja, símbolo do treino do dia, mas eram tantos os caminhos do labirinto, que nem mesmo a bússola embutida no relógio daria conta.

Xiiiiiii...

Chegamos a encontrar um ou outro ponto que o Aldo citara antes, como o muro do conjunto residencial em construção e a pontezinha sobre a linha férrea, indicando que era mais ou menos por ali. Mas, depois de mais uma parada para informações, mais um beco sem saída e mais um ataque canino, resolvemos bater e voltar de uma vez por todas. Quase paramos para esperar o trem, que vai pelos trilhos e não tem como errar o caminho...

Esse sabe onde anda

Deixamos a ilha de Lost e voltamos à civilização, com direito a mais e mais escaladas. A cacunda chiou horrores. Ainda bem que a brincadeira terminava em descida, ou quase (ainda restava o morrinho final, na última rua). Retornamos ao Poliesportivo, finalmente nos reunimos de volta e fomos "estragar" o almoço das mães, com um caprichadíssimo lanche, à base de sanduba de mortadela, bolos e sucos. Só fui sentir fome bem mais tarde. Ficamos devendo alguns quilômetros (Tonicão ficou meio inconformado), mas nos divertimos bastante na exploração. Deixamos pré-combinado para um outro dia a reedição do treinão... De preferência no sentido inverso, começando pela parte menos conhecida.

O percurso errado. Bota errado nisso.

A semana promete bons treinos, inclusive o de quarta-feira, também percurso inédito, na região dos bairros São Judas Tadeu e Putim. E fecha com mais uma participação na imperdível Volta da FEG em Guaratinguetá.

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/311614425

Resumo do treino: