terça-feira, 14 de maio de 2013

Treino PL7 - Concrete Jungle


"No chains around my feet, but I'm not free
I know I am bound here in captivity"
Bob Marley


É justamente dessa captivity que o Bob canta que eu venho tentando, a todo custo, fugir... Fazer de cada novo treino uma experiência única e especial. Para ter o que contar, mas não só. Também (e principalmente) por mim mesmo. Para não me aprisionar nas correntes imaginárias dos caminhos obrigatórios. Para nunca perder o tesão. Correr é aquele movimento repetitivo, pé após pé? Sim, é. Mas só fica aborrecido para quem deixa.

Liberte-se
Mesmo que seja em plena selva de pedra, limitado por seus traçados pré-definidos (e mais ainda pelo seu trânsito infernal!), tento fazer meus desenhos com os pés pela urbe como se à mão livre fossem. Seguindo uma planilha de treinos, um roteiro que me diz quantos quilômetros (ou minutos) devo correr e, às vezes, até em que ritmo. Mas não fazendo dela uma sentença, apenas e tão somente uma referência. E, muito menos, tendo algo que me diga por onde ir. Isso é comigo.

Certa ou errada, a escolha é minha
O treino desta segunda-feira à noite foi bem assim... A planilha previa um regenerativo de quarenta minutinhos? Ok, mas eu queria um pouco mais (até por ter corrido menos do que esperava no dia anterior), e daí? Saí por aí à toa, inicialmente sem qualquer noção de caminho; depois, disposto a reeditar um conceito que já usara outras vezes, mas em anos anteriores: passar correndo pelos principais viadutos e passarelas dos arredores. Opções não faltam, para quem tem a Dutra rasgando a cidade de uma ponta a outra. E mora em um bairro delimitado por córregos, de um lado o Vidoca, do outro, o Senhorinha.

Acima, ela, a Dutra; no meio, ele, o Vidoca
Comecei correndo pelas movimentadas, sobretudo nesse horário, pouco depois das seis horas, avenidas Cassiopéia e Andrômeda, eixos do Jardim Satélite. No final dela, defronte ao shopping, cruzei a primeira passarela da noite, atravessando por cima a Rio-SP. Para não correr maiores riscos, abri mão de seguir pela marginal, com tráfego dobrado devido ao fechamento da saída seguinte da rodovia. Desci a pista lateral e fui parar na Jorge Zarur. Cruzá-la a pé, a essa hora, é missão quase impossível. O jeito foi retornar no Viaduto Nadim Rahal, o do Anel Viário, pouco adiante. Nosso trevo de quatro folhas.

Deve dar sorte
Cheguei até a pensar em seguir pela Florestan Fernandes e sair no começo da José Longo, passando para o outro lado da Dutra pela velha passarela da Bandeirantes. Mas o trânsito por ali também estava carregado demais. Resignado, voltei pela pista oposta do Vidoca. E fui fazer uma graça no Viaduto Talim e a passarela da Unifesp, pertinho dele.

Ele & Ela
Ao invés de fazer o mais óbvio, cruzar primeiro a passarela e depois o viaduto, em ordem natural de aparição, optei pelo inverso. Fiz o balãozinho, beirando a mureta; e dei uma esticada de quatrocentos metros até a alça, aumentando um pouco o percurso. Para passar novamente para o outro lado do ribeirão pela construção mais recente. Que, aliás, balança um pouquinho quando a gente passa correndo nela. Não tanto quanto a da Gruta, sobre a Dutra no Jardim das Indústrias. Mas chega a dar uma emoçãozinha também.

Assim espero
De volta ao plano e à Avenida Mario Covas, terminaria o caminho atravessando o último viaduto, o que homenageia o primeiro santo brasileiro (e a meia maratona, será que nunca mais mesmo, Guará?). O Frei Galvão é um ótimo lugar para fazer treinos de tiros em rampa. Quem conseguir mais de cinco, merece ser beatificado. Dez, é canonização na certa.

Ô, meu santinho!
Tinha tudo para ser só mais um treininho bobo. E foi mesmo. Mas o terminei contente, satisfeito comigo mesmo e com o que fui capaz de fazer. Isso é o que realmente importa.

Versão 4.0
Link no Garmin Connect:

Resumo do treino:

4 comentários:

  1. Bom ritmo pra começar a semana! Bons treinos!

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    1. Valeu, Gilson! Tô na "interbase" e bem tranquilo quanto a ritmo, só fazendo rodagem por enquanto. Mas vem por aí coisa bem melhor, espero.

      Abraço e bons treinos aí também!

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