O que me tira de casa, em qualquer condição climática, não é a perspectiva de ganhar um troféu, uma medalha, um prêmio qualquer. Nem levar para casa mais uma camiseta tecnológica ou outro frufru bacana. Não é a vontade de bater um recorde pessoal, ser o melhor na minha faixa etária ou ganhar daquele caboclo que chegou à minha frente da outra vez. Não, nada disso.
Frio e chuva são fenômenos psicológicos |
O que me tira de casa, seja para uma corrida luxuosa ou um bate-saco de interiorrrrrr, uma maratona, uma ultra ou uma provinha de meio kaeme, ou mesmo para um treino, em grupo ou sozinho, é o meu amor pela corrida, aquela que transformou (e até salvou) a minha vida. Que não declaro fazendo coraçãozinho nas fotos ou postando frases de efeito alheias nas redes sociais. Mas que, definitivamente, demonstro nas minhas atitudes do dia-a-dia.
E nem precisa ser tão fashion |
Pelo terceiro ano seguido fomos convidados para a abertura das atividades do Dia Internacional do Desafio, o Challenge Day. Das outras vezes, houve mais antecedência para convocar a galera e o tempo estava melhor, friozinho mas não chuva. Nesta, o simples fato de haver mais um (o grande Diretor Edward anunciou que também estaria presente sob quaisquer circunstâncias) já seria lucro. Nada dos mais de cem participantes da última edição.
Esse Diretor é PORRETA! |
Assim, diante das condições expostas acima, fiquei até agradavelmente surpreso com a pequena, mas significativa presença de outros bons malucos. Cheguei ao estacionamento do Santos Dumont (o SESC sequer estava aberto desta vez) junto com Cezinha, Ana e Fernanda. Já estavam lá, além dos organizadores e pessoal de apoio (controle de trânsito e auxílio médico), o Edward e o Zebra. Apareceriam também o compadre Luis Carlos e o corredor recifense Guilherme (esse deve ter sentido mais frio ainda!). O pequeno grupo faria um pequeno ritual de alongamento e, à meia-noite em ponto, iniciaria a defesa das cores joseenses contra o adversário da vez na saudável e divertida disputa, a cidade paulista de Limeira.
Um surpreendente bom quórum |
Isso aqui, à noite e vazio, é um espetáculo |
Mesmo com o tempo feio afugentando a galera da night, não faltaram os tradicionais gritos de apoio (ou algo que o valha). Muita gente deve ter se perguntado o que aquele bando de doidos fazia ali, naquela friaca toda. Com os marronzinhos à frente e a ambulância logo atrás, talvez tenham até pensado que se tratasse de algum tipo de olimpíada do hospício... Não deixavam de ter alguma razão!
Já viemos com esse aplicativo instalado |
Nada que uma mão pesada não resolva |
Pena que durou pouco. O tal percurso de 6,5 km anunciado acabou não sendo seguido à risca. Ao invés de voltarmos para a João Guilhermino depois da passagem pela orla do Banhado e fazermos uns quadradinhos na região da Francisco José Longo, rumamos diretamente para a avenida do parque. Guilherme, percebendo que mal passaríamos dos 5 km, sugeriu um sprint final, mas eu pensei nos mais de trinta do treinão do feriado próximo e segurei minha onda. Só acelerei mesmo quando bateu o instinto competitivo e não quis ser o último a chegar. Para saber quem foi, só no photochart.
Caminho alternativo |
A liberdade de poder correr quando quero, onde quero e como quero é um dos meus maiores patrimônios. A vida é muito curta para a gente não correr de madrugada.
Valeu como se fosse troféu |
http://connect.garmin.com/activity/319678528
Resumo do treino:
Seupost me emocionou. Parabéns pelas conquistas.. e são muitas...
ResponderExcluirObrigado, Cris! São algumas conquistas nesses anos de corridas. Todas elas por conta desse amor incondicional ao esporte.
ExcluirFábio, sempre trazendo boas reflexões em seus post's. O que mais gosto na corrida é poder correr quando e onde quiser. Essa liberdade de escolha para calçar o tênis (ou não, afinal tem a turma do bareffot agora) não tem preço.
ResponderExcluirSábias palavras, amigo.
Bons km's pra ti.
Helena
correndodebemcomavida.blogspot.com
@Correndodebem
Acredito que essa liberdade seja o combustível para essa eterna paixão pela corrida, que nunca se acaba, Helena.
ExcluirÓtimos quilômetros para todos nós!
É isso aí Fábio. Gosto muito de pensar a corrida como você. Vejo que acada treino/evento/prova o que me motiva varia, mas a paixão pelo esporte sempre está presente.
ResponderExcluirAbçs
Varia mesmo e pode ser qualquer uma. Uma distância inédita, um recorde pessoal, um pódio, ganhar do adversário ou só completar... Em comum, essa mesma paixão pela corrida, que nos impulsiona adiante, rumo aos nossos objetivos.
ExcluirAbraços!