quarta-feira, 29 de maio de 2013

Treino PL15 - O dia do desaFRIO

Do desaFRIO e da desaCHUVA, aliás...


O que me tira de casa, em qualquer condição climática, não é a perspectiva de ganhar um troféu, uma medalha, um prêmio qualquer. Nem levar para casa mais uma camiseta tecnológica ou outro frufru bacana. Não é a vontade de bater um recorde pessoal, ser o melhor na minha faixa etária ou ganhar daquele caboclo que chegou à minha frente da outra vez. Não, nada disso.

Frio e chuva são fenômenos psicológicos

O que me tira de casa, seja para uma corrida luxuosa ou um bate-saco de interiorrrrrr, uma maratona, uma ultra ou uma provinha de meio kaeme, ou mesmo para um treino, em grupo ou sozinho, é o meu amor pela corrida, aquela que transformou (e até salvou) a minha vida. Que não declaro fazendo coraçãozinho nas fotos ou postando frases de efeito alheias nas redes sociais. Mas que, definitivamente, demonstro nas minhas atitudes do dia-a-dia.

E nem precisa ser tão fashion

Pelo terceiro ano seguido fomos convidados para a abertura das atividades do Dia Internacional do Desafio, o Challenge Day. Das outras vezes, houve mais antecedência para convocar a galera e o tempo estava melhor, friozinho mas não chuva. Nesta, o simples fato de haver mais um (o grande Diretor Edward anunciou que também estaria presente sob quaisquer circunstâncias) já seria lucro. Nada dos mais de cem participantes da última edição.

Esse Diretor é PORRETA!

Assim, diante das condições expostas acima, fiquei até agradavelmente surpreso com a pequena, mas significativa presença de outros bons malucos. Cheguei ao estacionamento do Santos Dumont (o SESC sequer estava aberto desta vez) junto com Cezinha, Ana e Fernanda. Já estavam lá, além dos organizadores e pessoal de apoio (controle de trânsito e auxílio médico), o Edward e o Zebra. Apareceriam também o compadre Luis Carlos e o corredor recifense Guilherme (esse deve ter sentido mais frio ainda!). O pequeno grupo faria um pequeno ritual de alongamento e, à meia-noite em ponto, iniciaria a defesa das cores joseenses contra o adversário da vez na saudável e divertida disputa, a cidade paulista de Limeira.

Um surpreendente bom quórum
Houve novidades em relação aos outros anos. O trajeto divulgado previamente, que custei um pouco a decifrar, seria maior e não passaria mais por lugares como a Avenida São João e a região da Vila Ema. Dobramos logo na primeira à direita, ao invés de seguirmos até onde a Adhemar de Barros encontra o Jardim Maringá. E, guiados pelo carro de apoio e por um ligeiríssimo e muito bem agasalhado capitão honorário (esse Zebra não sabe brincar!), ganhamos a pista direita da 9 de Julho. Não me canso de repetir, todo ano. Que sensação maravilhosa ter as ruas e avenidas da cidade (quase) só para nós!

Isso aqui, à noite e vazio, é um espetáculo

Mesmo com o tempo feio afugentando a galera da night, não faltaram os tradicionais gritos de apoio (ou algo que o valha). Muita gente deve ter se perguntado o que aquele bando de doidos fazia ali, naquela friaca toda. Com os marronzinhos à frente e a ambulância logo atrás, talvez tenham até pensado que se tratasse de algum tipo de olimpíada do hospício... Não deixavam de ter alguma razão!

Já viemos com esse aplicativo instalado
Passar por lugares tão movimentados durante o dia, como a Rua Euclides Miragaia e as avenidas João Guilhermino e Nelson D'Ávila, em plena região central, agora praticamente desertos, é sempre uma atração a mais desse magnífico treino noturno, que não pretendo nunca perder enquanto puder correr. Mal fez quem ficou em casa. Cobertor nenhum há de ser tão gostoso. Acordar cedo para trabalhar, ora essa, eu também iria. Deixem de desculpinhas...


Nada que uma mão pesada não resolva

Pena que durou pouco. O tal percurso de 6,5 km anunciado acabou não sendo seguido à risca. Ao invés de voltarmos para a João Guilhermino depois da passagem pela orla do Banhado e fazermos uns quadradinhos na região da Francisco José Longo, rumamos diretamente para a avenida do parque. Guilherme, percebendo que mal passaríamos dos 5 km, sugeriu um sprint final, mas eu pensei nos mais de trinta do treinão do feriado próximo e segurei minha onda. Só acelerei mesmo quando bateu o instinto competitivo e não quis ser o último a chegar. Para saber quem foi, só no photochart.


Caminho alternativo
Antes de irmos embora para o conforto quentinho de nossas casas, recebemos da organização um adesivo como lembrança do evento e uma sacolinha com lanche (água, refrigerante e bolinho Ana Maria), além dos agradecimentos e congratulações pela nossa presença e coragem. Quanto a esse corredor que vos escreve, disponham sempre.

A liberdade de poder correr quando quero, onde quero e como quero é um dos meus maiores patrimônios. A vida é muito curta para a gente não correr de madrugada.

Valeu como se fosse troféu
Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/319678528

Resumo do treino:

6 comentários:

  1. Seupost me emocionou. Parabéns pelas conquistas.. e são muitas...

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    1. Obrigado, Cris! São algumas conquistas nesses anos de corridas. Todas elas por conta desse amor incondicional ao esporte.

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  2. Fábio, sempre trazendo boas reflexões em seus post's. O que mais gosto na corrida é poder correr quando e onde quiser. Essa liberdade de escolha para calçar o tênis (ou não, afinal tem a turma do bareffot agora) não tem preço.
    Sábias palavras, amigo.
    Bons km's pra ti.
    Helena
    correndodebemcomavida.blogspot.com
    @Correndodebem

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    1. Acredito que essa liberdade seja o combustível para essa eterna paixão pela corrida, que nunca se acaba, Helena.

      Ótimos quilômetros para todos nós!

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  3. É isso aí Fábio. Gosto muito de pensar a corrida como você. Vejo que acada treino/evento/prova o que me motiva varia, mas a paixão pelo esporte sempre está presente.

    Abçs

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    1. Varia mesmo e pode ser qualquer uma. Uma distância inédita, um recorde pessoal, um pódio, ganhar do adversário ou só completar... Em comum, essa mesma paixão pela corrida, que nos impulsiona adiante, rumo aos nossos objetivos.

      Abraços!

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