Sabem como é, né? Acordar muito cedo para levar familiar ao médico, abacaxis mil para descascar no trabalho o dia todo, trânsito maluco, celular tocando sem parar, perrengues e preocupações das mais variadas. Cheguei em casa, no começo da noite desta quarta-feira, com a
cuca fundida.
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Tico & Teco derretidos |
Muita gente talvez preferisse ficar em casa e relaxar... Eu não sou muita gente. E que maneira melhor de relaxar, senão sair correndo por aí, sem rumo? Não há remédio mais santo. Quando senti a chuva caindo sobre os ombros, expostos pela velha regata laranja 100 Juízo, fiquei ainda mais contente e motivado para o treino. Só lamentando, claro, a ausência certa de alguns que estariam conosco em uma noite mais seca.
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Call me Gene |
Com um bocadinho a mais de
rush, convívio inevitável com gente que fica maluca dentro do carro com duas gotas d'água caindo, cheguei meio atrasado ao estacionamento do Santos Dumont, voltando a ser o
point escolhido para a concentração. Em frente à réplica do 14 Bis, eu era o único corredor presente. Ou pensava isso. Escondidos do outro lado da banca de revistas, tremendo feito pintinhos, já estavam os valentes Sílvio Américo (o homenageado da noite, em sua volta aos treinos após mês e meio de
cavalete), Tonico e Edson.
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Cabras bons |
Já achei que era muito, mas fiquei ainda mais agradavelmente surpreso com a chegada de Adriana, Aldo, Wagner e Vinicius. Oito
treinandos em plena noite chuvosa, sem nenhum atrativo especial que justificasse. Tem vezes em que esqueço que não sou o único que faz jus ao epíteto de
maluco do asfalto. Somos muitos. Que bom!
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Esses representam |
Na semana anterior, Wagner sugerira um caminho dali até a região oeste, mas passando desta feita pelo Jardim das Indústrias e não o Urbanova, onde todos nós já podemos correr de olhos fechados (sem trocadilhos com a minha etnia, por favor). Acatamos a sugestão, fazendo apenas pequenas adaptações para que o percurso não ficasse longo demais. Com a garoa engrossando, deixamos o estacionamento do parque minutos depois da hora marcada, no fluxo da Avenida Adhemar de Barros. A galera dos botecos, como sempre, estranhou aquela turba ensandecida correndo pelas calçadas. Cada um com sua
happy hour.
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Correr é 11 |
Dobramos na Heitor Villa-Lobos, seguimos pela Madre Paula e chegamos à descida da São João, sempre com a ajuda do apito amigo do Silvião. Fizeram falta, ambos, nos últimos treinos. Grande sacada a dele para correr em meio ao trânsito. Não garante 100%, é óbvio. Mas impõe respeito. Sentimo-nos todos mais seguros quando corremos juntos e ouvindo o barulhinho agudo nos cruzamentos mais movimentados.
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Figurinha |
Depois da gloriosa rampa abaixo, viria o castigo. Do outro lado do Vidoca, a escalada de acesso à Avenida Cassiano Ricardo e o entorno do Jardim Aquarius. Adriana, levinha e lépida,
esnobou, voltando para o resgate dos marmanjões. Tornaríamos a nos reunir no alto do morro, pelo menos até Edson seguir Wagner, como nas ladeiras do São Judas Tadeu sete dias antes. E dispararem juntos à frente. Antes do final do retão, Sílvio, voltando aos poucos, achou melhor retornar dali. Vinicius, também se recuperando de dores na panturrilha, morador dos arredores, pegou o rumo de casa. O octeto, de uma hora para outra, reduziu-se pela metade. O que não diminuiu, nem assim, o ânimo do quarteto.
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Essa Coisa sou eu |
Quando atravessamos o bairro e, da Campos Elíseos chegamos à Via Oeste, a chuva virou um aguaceiro de vez. Aldo foi o único que não molhou os cabelos (sacaneei o amigo!). O papo corria ainda mais solto que nós, que nem vimos o tempo passar. Alcançamos rapidamente o final da avenida nova e cruzamos a Dr. Eduardo Cury, fugindo da subida da São João, por onde chegáramos descendo minutos antes. Sabendo, é claro, que de nada adiantava. Do lado da Praça do Maconhão, estava outra
droga pesada. Ela, a
subida-monstro da nossa Avenida Paulista interiorana.
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Da boa |
Cortamos o Jardim Esplanada pela Rua Carlos Chagas, encharcando tênis e pés nas miríades de poças d'água pelo caminho. Tonicão já ia passando reto, mas o chamamos a tempo de virar à direita no acesso à 9 de Julho. Contornamos o Parque Vicentina Aranha, quase alcançando a dupla da frente que fizera um percurso um pouco maior, passando pela Avenida Anchieta. E chegamos de volta ao Santos Chuvont,
ops, Dumont... Ensopados feito moleques traquinas que acabaram de aprontar na chuva. Tão alegres quanto. Qual era o problema durante o dia mesmo?
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Nunca pare de brincar |
Pausa agora nos treinos da semana, só volto a correr no final dela. Fechando a quarta e última semana do período de base para a Maratona de Lisboa, celebrarei com a dupla jornada de corridas, sábado em Sampa (5 km), domingo em Guará (25 km, se aguentar). Semana que vem, o bicho volta a pegar...
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Aí, só que com chuva |
Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/316757653
Resumo do treino:
Adoro ler suas aventuras!!
ResponderExcluirE eu, receber por aqui os amigos... Obrigado!
ExcluirAmigo Fábio, mais uma vez obrigado pelo treino. Não fosse treino marcado pelo meu retorno, eu teria dado o bolo, e preciso de voltar a pegar o ritmo.
ResponderExcluirValeu!!
Valeu, Silvião! Bom demais ter você de volta aos treinos com a gente. Parabéns pelo bom senso de pegar leve. Siga firme, com paciência e serenidade, muito em breve você está na pegada outra vez.
ExcluirAbraço e até os próximos treinos e corridas.
Oi, Fábio.
ResponderExcluirRealmente, muita gente teria desistido da ideia de correr depois de um dia "daqueles". Mas, felizmente você foi lá (na chuva) e correu. Nada mais compensador, que a alegria de dever cumprido. Cada um com seu happy hour...
Abraço e bons treinos para Lisboa.
Helena
correndodebemcomavida.blogspot.com
@Correndodebem
E que poder tem uma noite dessas depois de um dia daqueles, Helena. Transforma tudo... Que bom!
ExcluirObrigado pela visita e mensagem. Bom final de semana e bons treinos por aí também!