sábado, 25 de maio de 2013

Para todos

Nesses quase oito anos participando de corridas, já vi de tudo um pouco.


Vi gente que não enxerga o percurso, mas o sente. E gente generosa, prestando auxílio como guia.









Vi pais e mães incansáveis, empurrando cadeiras de rodas, proporcionando a seus filhos a experiência sem igual de participar de uma competição esportiva.
















Vi grandes guerreiros correndo, mesmo sem terem pernas. Que perderam em acidentes ou nasceram sem. Com handcycles ou próteses próprias para o esporte, às vezes; mas nem sempre. Até de muletas.















Vi pessoas de mais idade, cabeças branquinhas, dando show de disposição e vitalidade. Dando baile em muito jovem sedentário por aí... Chegando à frente deles. E até à minha.









Vi quem, assim como eu, não nasceu para esse esporte. Não tem corpo de corredor. Mas tem alma; e isso basta. Vence as dificuldades impostas por seu tipo físico impróprio e consegue, apesar disso, coisas extraordinárias.














Vi muita gente vitoriosa, triunfando sobre as vicissitudes da vida. Vencendo doenças graves, limitações severas... Dando uma banana para elas! Fazendo o impossível acontecer todos os dias.










E vi também, acreditem, gente saudável, perfeita, do lado de fora, se dizendo incapaz de correr.

20 comentários:

  1. É, a atividade esportiva, seja qual for, é sempre bom. Anima a alma, move o esqueleto e, principalmente, nos dá alegria....

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    1. Verdade, Lúcio! Falo da corrida por ser a minha, mas vejo esse mesmo ânimo e alegria nos que pedalam, nadam, caminham, dançam ou fazem qualquer outro movimento de esqueleto... Importante mesmo é estar em atividade!

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  2. O que mais me surpreende são estes últimos, os que se impõem à incapacidade...

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    1. Todo mundo descobre, mais cedo ou mais tarde, que precisa se mexer... A torcida é para que a descoberta (e o fim da imposição) venha mais cedo. E sem sequelas.

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  3. Como sempre, belo texto Fabião. Parabéns.
    O que é engraçado é que estes últimos geralmente são aqueles que se acham mais "safos" e nunca deixam de tirar um sarro dos que como nós não nascemos para este esporte mais teimosamente continuamos a praticá-lo.
    Um abraço

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    1. Obrigado, grande Sílvio!

      Conheço bem esse tipo de "safo". Mas nem eles e nem ninguém nos tira do caminho. Nascidos ou não para o esporte, sempre temos o que mostrar. E, às vezes, até trazer um ou outro para o "rebanho".

      Abraço e parabéns mais uma vez pela sequência matadora de resultados aí in the jungle!

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  4. Parabéns Fabio!!!!! Como é gostoso ver a alegria nos rostos dessas pessoas...mesmo às 6:00 horas da manhã, ou antes.

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    1. Alegria inspiradora e energizante, amigo Roberto. Entre os exemplos citados no texto, sem dúvida nenhuma, também está o seu, CORAÇÃO VALENTE.

      Abraço!

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  5. Fábio, vc é o melhor que nós temos !!!
    Parabéns cara !!!!!!

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    1. O melhor mesmo é estarmos todos juntos, sempre com saúde, disposição e alegria de fazermos o que gostamos, grande Passinho!

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  6. Adorei o post Fábio. Eu também sou uma das pessoas que não nasceram pra corrida e que correm.
    Também conheço muita gente saudável e sedentária que quando falo do que a corrida tem feito na minha vida, fala "Cassinha queria fazer o que você faz!".
    Costumo dizer comece agora a transformar o queria no quero. Se movimente já!
    Bjs.
    Cássia (http://cassinhags.blogspot.com.br/)

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    1. Perfeito, Cássia. Tranformar "queria" em "quero" é o começo de tudo. "Um dia" pode ser hoje e "alguém" pode ser "eu mesmo".

      Parabéns mais uma vez pelo aniversário como corredora e ótima participação na Praia do Forte.

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  7. Um post inspirador, meu amigo. E tem gente "perfeita" que nos vê como loucos...
    "... mais louco é quem me diz que não é feliz. Eu sou feliz."

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    1. Obrigado, Gilson! Loucura é ser espectador da própria vida. Nascemos para protagonizar.

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  8. Uma grande verdade esse seu post Acho que ainda é muito difícil as pessoas saírem da zona de conforto. No meu dia a dia lido com muita gente que já está me chamando de louco por acabar uma corrida e já está pensando em outra. Ou por sair do trabalho todo animado por estar indo para um longão já com a noite fria.
    Ótimo post Fábio

    Abraços,

    Danilo Confessor
    Blog Confissões de um Confessor


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    1. Pra não-corredor entender corredor, só mesmo quando o não-corredor vira ex-não-corredor, Danilo...

      Abraço e obrigado pela maratona literária!

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