quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Treino 32 - Ao mirante

O único problema da tríplice jornada do dia anterior foi chegar à tradicional data do coletivo semanal um pouco mais cansado que de costume. Não cheguei nem a ler o livro (mas aceito como presente, 26/03 taí), mas pesquisei bastante a respeito, viajei um bocado nas planilhas do método FIRST da turma de Furman. E sou adepto, há algum tempo, da metodologia. O esquema de um dia de descanso ou cross training intercalado entre os de treino de corrida vem funcionando bem para mim. Foi assim, no ano passado, que consegui bater duas vezes minha marca nos 42,195 km.

Uma boa contradição
Sem muita energia, pensei até em telegrafar aos amigos dizendo que não iria, que um treininho mais leve e menos escarpado por aqui mesmo seria a minha opção, meu plano B. Mas não resisti. Tenho noção da importância da minha presença para o grupo (como importantes somos todos) e, mais do que isso, gosto demais de estar com essa galera. Baterias se recarregam ali.

Crianças grandes e altamente energizantes
Não seria aquela boa muvuca da semana passada, celebrando o regresso do Toninho, mas até que conseguimos reunir um quórum legal. Presença dos arrozes de festa de sempre, mas também reaparições especiais de alguns nomes meio ausentes da lista. Michel parece que embalou de vez (que bom!). Elias chegou de última hora e fez a patota queimar a largada. Giovani viria com o Rafael correndo direto desde o SESI (ó os caras!). E até a figuraça do Brazilino, que está "começando" a correr pela undécima vez, resolveu aparecer. Turma animada demais. Cansaço? Que cansaço mesmo?

Bem-vindos de volta à estrada, guerreiros!
Eram dois os motes desse treino (parece até novela da Glória Perez!). O primeiro, fazer um passeio entre os decks (ou, para quem preferir, os mirantes) da região central e norte. Saindo do mais antigo, com vista para o Banhado, na Avenida Anchieta. E, seguindo por caminho semelhante ao que nos levara ao Morro da Antena, no final de janeiro, chegando até o recém-inaugurado na Vila Dirce, com uma bela vista panorâmica de quase toda a cidade.

O segundo e não menos importante "pretexto" era celebrar, com um dia de atraso, o aniversário de um dos nossos mais atuantes companheiros de esporte. Parabéns mais uma vez, futuro compadre Luis Carlos. Saúde, sorte, $uce$$o e muitos quilômetros de vida!

Não, ele é que é O CARA
Poucos minutinhos depois da hora prevista largamos, com a agulha da bússola apontando para o norte. Havia deixado a câmera na mochila na outra escalada, mas, dessa vez, a tinha em mãos. Fotos noturnas e em movimento feitas por um aparelho velhinho e com visor apagado não hão de ficar 100%, mas fiz o melhor que pude. Na medida do possível, registraria bons momentos do passeio.








Começamos bem devagarinho, um primeiro quilômetro só mesmo de aquecimento. Mas ganhamos ritmo nos seguintes, planos na orla do Banhado ou rampa abaixo na Avenida São José e Via Norte. Atipicamente, a turma não se dispersou muito. Dá gosto de ver a evolução de quem começou o ano arrastando o popozão e está rodando agora com bem mais desenvoltura. Inclusive eu.

Pensando bem...
Mas não tardaria a vir o desafio da noite. E eu estava psicologicamente preparado para encará-lo sem neuras ou pudores, andando no trecho mais agudo. Quando a inclinação começou, ainda na Rua Jaguari, eu segui na mesma boa toada de Silvio, Kleber, Tonico e o aniversariante. Quando dobramos à esquerda e a rua ficou estupidamente íngreme, até cheguei a perder algum contato com os mais leves (ou menos pesados) que eu. Mas fiquei agradavelmente surpreso ao conseguir galgar todo o morro sem precisar apelar para nenhum passo de caminhada. A Volta ao Cristo, definitivamente, mudou o meu paradigma do que é uma subida.

Mas a gente vai mudando isso (bem) aos pouquinhos
A chegada ao topo foi triunfal, com direito a u-hus! e tudo. Realmente um visual que fez valer o esforço (a qualidade das imagens não ajuda muito, mas eu tenho uma certa credibilidade). Aguardamos mais uma vez a chegada de todos antes do bate-e-volta.




Satisfeito com o que fizera até ali, quando começou o retorno, optei por descer bem pianinho. Fiquei lá na rabeira da tropa, deixando os amigos mais ligeiros seguirem seu curso tranquilamente. Só depois do rio é que, inspirado pelas passadas firmes do compadre, voltei a rodar um pouco mais forte ao lado dele. Talvez pegando embalo para a segunda escalada do dia, a da rampa que começa no viaduto ferroviário e vai até a rodoviária velha... E já roubou de mim alguns recordes pessoais nas provas de 5 km disputadas nas redondezas!

Foi por aí
Chegando de volta à avenida da largada, optei por fazer algo diferente. Ao invés de seguir pela plana Anchieta, peguei a paralela à direita, a leve mas gloriosa descida da Avenida Borba Gato. Cravaria, no km 14, a melhor parcial do dia, 5'12'' (e média de 4'29'' nos 150 metros finais). Mostrando que ainda tinha bala na agulha. Ou que até tenho tolerado bem as subidas, mas meu negócio mesmo é descer. Detalhe foi ver a galera lá no alto, concentrada no deck. E eu tendo que subir pelo gramado meio úmido, morrendo de medo de escorregar e pagar o maior king kong. Ufa! Escapei do vexame.

E pra subir até lá?
Superando a leve indisposição e inspirado por uma galera que é ligada nos 220V, fiz um bom treino. Mostrando que nem sempre um mau dia significa correr mal (ou vice-versa). E la nave va...

P.S. importante:
Não confunda uma leve indisposição, como a que mencionei na postagem e estava sentindo antes do treino de ontem, com fadiga, com um aviso do corpo que, naquele dia, é melhor descansar. Antes um treino perdido que uma temporada inteira. Cuide-se bem, sempre.

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/278426167

Resumo do treino:

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Treinos 30 e 31 - Triplo X

Já havia feito muita coisa exótica nessa minha "carreira" de corredor amador. Até participar de duas corridas numa mesma manhã, no aniversário da cidade de São Paulo em 2012. Uma convencional, no Parque Ibirapuera, comemorando a própria efeméride. Outra vertical, duas horas mais tarde, nas escadarias do Novo Edifício Abril. A doideira, à época, saiu até no site GloboEsporte.com. Mas treinar duas vezes (ou três, se considerada também a série de musculação) no mesmo dia? Isso nunquinha da silva... Considerando o dia (quase) normal de trabalho, uma jornada quádrupla. Tudo ao mesmo tempo agora.

O multi-cara
Vale salientar, apesar do certo tom de excentricidade, nada muito exagerado e muito menos estúpido. Só topei a empreitada porque descansei dos treinos na segunda-feira, após o final de semana que teve os 18 km georgianos no sábado e a badalada Corrida de Verão no domingo. Simplesmente transferi o regenerativo da segunda à noite para a manhã do dia seguinte. Corri o que correria normalmente, só acrescentando algumas horas a mais de intervalo. Só estou na ativa há quase dez anos praticamente sem me machucar porque conheço o chão onde piso.

Eu conheço cada palmo desse chão. E a mim mesmo também.
Manhã
Por falar em chão, quem me convidou para a primeira parte da tríplice coroa dessa terça, já avisou para que eu viesse de tênis velho, porque lama abundava. Vander Maciel, o Mineiro, é um daqueles caras merecedores do velho slogan GENTE QUE FAZ. Não é apenas um grande corredor, que descobriu um talento e trabalhou muito duro para lapidá-lo. É também um sujeito do bem, com consciência social, excelentes relacionamentos no meio esportivo e muita força de vontade. Juntando um pouco de tudo isso, faz as coisas acontecerem. Em seu primeiro treinão beneficente (com arrecadação de alimentos para doação, como também fizemos na corrida de domingo) em abril de 2012, estrondoso sucesso de público, infelizmente não pude estar presente (mas não deixei de colaborar, cedendo um exemplar do meu livro para sorteio entre os participantes). Com o próximo, marcado para abril desse ano, estou fazendo questão de participar desde o rascunho.

Correr também é fazer o bem
Quase perdi a hora. Mas cheguei às oito, conforme combinado, na portaria do parque aquático. Local que já sediou duas provas dos meus primórdios como corredor, mas que há muito tempo não é usado para eventos pedestres. E que venho frequentando ultimamente só mesmo como irmão sortudo e privilegiado de sócia (valeu, Priscila!). O anfitrião já estava lá. Aguardamos alguns instantes pela chegada de Junior, o documentarista. Que também marcara presença no evento de domingo, registrando belas imagens da festa que fizemos no Clube da Sabesp, ali bem pertinho.

Não levo nada nesse merchan, mas o lugar é bonito
O complexo aquático ocupa apenas uma pequena parte da grande área do parque. Há muito mais por lá, belíssimos cenários. Ambas as corridas que já fizera, em sábados, uma à tarde, outra à noite, haviam explorado bem esse potencial. O treino do amigo Mineiro não será diferente. Um belo de um desafio cross-country, para aficionado nenhum botar defeito. Diversão garantida (para quem não tem nojinho de lama). A primeira parte da brincadeira foi testar alguns dos obstáculos naturais do trajeto. As imagens falam por si.




Terminada a farra nas poças e "dunas", fui cumprir a missão para a qual fora designado. Acionei o GPS para fazer um mapeamento do trajeto. Que será pequeno para os nossos padrões de famintos por quilômetros, terá qualquer coisa em torno de 3500 metros. Mas com muitas atrações-surpresa, que vão torná-los bem mais longos do que qualquer um possa esperar. Nada assustador ou arriscado. Tudo muito divertido.

O "play"
Somando tudo, quase seis quilômetros rodados, devidamente contabilizados para a planilha. Tênis embarrocados, meias inutilizadas. Mas a alegria e o privilégio de ter sido um dos primeiros a conhecer e testar o trajeto que vai garantir muitas emoções no feriado de Tiradentes. Obrigado, amigo Mineiro, pelo convite e oportunidade. E parabéns pela iniciativa!

Tarde/Noite
Depois da diversão, um pouco de obrigação, que não faz mal a ninguém. Muito pelo contrário. Ser disciplinado é uma das minhas (poucas) virtudes. E já me garantiu muitas (modestas) conquistas nessa quase década como corredor.

Disciplina é liberdade
Mesmo cansado após o treino da manhã, punk e debaixo de um solzão de fritar miolos; e da longa tarde de trabalho, não arreguei. Fui para a academia no final da tarde, liguei a velha esteira e suei baldes na hora inteira em que nela fiquei e corri. Foram 10,06 km em exatos sessenta minutos, um ritmo tranquilo (embora progressivo a cada quinze minutos) que fez o coração ficar sempre na casa dos 120 a 135 batimentos por minuto. Só faltou levar o MP4 para a hora passar mais depressa. Ouvindo as pérolas de Chico Lang, cada minuto parece durar seis meses...

Praticamente um deep running
Encerrada a segunda correria do dia, simbora trocar de roupa para um chorinho a mais, um compacto com os melhores momentos do treino de musculação. Ao invés de seguir toda a série prevista para o dia, interminavelmente longa, que me deixaria ali até o apagar das luzes (literalmente), optei por fazer uma única repetição de cada exercício, com uma carga intermediária entre a de resistência e de força. Ficaria mais quarenta minutinhos por lá, desenfraquecendo um pouco. Forte eu não fico. Nem quero. Mas já me ajuda bastante.

Nem um, nem outro
Agora é seguir mantendo a pegada da semana, com treinos complementares na quarta (o adiado, mas agora confirmado percurso interdecks, entre os mirantes da Avenida Anchieta e da Vila Dirce, comemorando o aniversário do compadre Luis Carlos), sexta e domingo (um longo na Estrada do Varadouro, sugerido pelo companheiro de equipe Giovani). Beleza de roteiro semanal!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Treino 29 - Verão sem fim

O treino 29 também foi a corrida #3 de 2013. Uma corrida pra lá de especial, onde participei não só como atleta amador, mas também como integrante da comissão organizadora. Ao lado de grandes companheiros e amigos, pude proporcionar à comunidade corredora da cidade e região uma bela festa, com tudo o que se pode esperar de um bom evento esportivo e até um algo mais.

Confira em 









sábado, 23 de fevereiro de 2013

Treino 28 - Salve Jorge

Sabe aquele amigo cosmopolita, cidadão do mundo, grande contador de causos? Também tenho o meu, o Jorge Monteiro. Qualquer meia horinha de prosa com esse camarada já é sempre garantia de boas histórias (e gargalhadas). Esse tem muito o que contar... Inclusive sobre corridas!

O contador de histórias
Quando o conheci, em 2007, primeiro através de visitas que ele fez ao meu site, o Arquivo de Corridas de Fábio Namiuti e por troca de e-mails, algum tempo depois pessoalmente, a caminho da 12ª Volta da FEG em Guaratinguetá, ele ainda lutava contra um inimigo poderoso: o cigarro. Mas ele, Jorge, foi ainda mais. Assim como eu, livrou-se do vício de fumar e teve na atividade física, particularmente a corrida, uma grande aliada nesta batalha.

Antes que seja tarde
 Jorge tornou-se com o tempo, além de um amigo que transcendeu o âmbito esportivo, um dos corredores mais disciplinados e determinados que tive a oportunidade de conhecer. Mesmo com as sequelas que os muitos anos de tabagismo deixaram, superou dificuldades e limitações e, de um cara que ficava na rabeira da lista em suas primeiras corridas curtas, de 5 ou 8 km, iria se transformar em alguém capaz de correr provas de longa distância. Já tem várias meias maratonas no currículo; e se prepara, neste ano de 2013, para estrear na nobre distância. Não tenho a menor dúvida de que teremos muito em breve mais um membro no clube.

Ele chega lá!
Treino com ele menos do que gostaria. Bem que ele poderia aparecer nos treinos que fazemos, seria (e sabe disso) muito bem recebido. Aos sábados, seu dia costumeiro de longões, quem costuma estar de folga sou eu, domingueiro convicto. Não são muitos os dias em que a agenda é comum e permite, portanto. Mas é sempre um grande prazer correr ao lado dele. Seja em treinos como o que marcamos para essa manhã, seja em provas, nas quais tive algumas vezes a honra de ser seu pacer, auxiliando inclusive na conquista de alguns de seus recordes pessoais.



O treino de hoje, em percurso de aproximadamente 18 km à escolha do amigo (ele é meio tradicionalista, não curte muito novidades em termos de trajetos), teria outros convidados, todas também figuras muito bem quistas em nosso meio: Toninho (custou a aparecer, mas agora não sai mais desse blog), o ilustre visitante paulistano e cada vez mais cracaço das maratonas Guilherme Maio; e também o bissexto corredor Michel, voltando depois de setenta e tantos dias longe das pistas (pelo jeito, não esqueceu nadinha!).

De outros carnavais
Saímos às 7h30min e, pelo gosto do anfitrião, madrugaríamos ainda mais... Mas nem seria necessário. Depois de muitos dias de calor sufocante, a manhã de sábado amanheceu amena e agradável. Santa garoinha de sexta à noite! A temperatura média ficaria na casa dos vinte e cinco graus. Dez a menos que no meu último treino longuinho, na praia. Outro esporte...

E olha que ela não corre...

Nos primeiros quilômetros, estive ao lado da dupla Jorge & Toninho (bom nome para o sertanejo universitário). Com o retorno do Michel, logo no km 6 (fez bem, o lance é voltar aos poucos), no entanto, fui fazer companhia ao Guilherme e acelerei um pouco. Não muito. O treino seria todo feito na zona de conforto, nada de coração na boca. Um típico treino de resistência e não de velocidade.

Fui apresentando, pelo caminho, ao amigo da megalópole alguns detalhes pitorescos do trajeto. A bonita (e pontilhada de condomínios chiques) região do Urbanova, suas subidas fortes (que evitamos), a fantástica rampa abaixo da Univap (dessa parte eu gosto). Papo agradável, que fez as quase duas horas de treino passarem bem rápido.

Ele vive mudando de blog, mas é sempre um GRANDE amigo e corredor
Encerrada a nossa participação, ficamos aguardando, no ponto de ônibus ao lado do shopping, a chegada da outra dupla. Disseram que o Tonico, que chegou atrasado, também apareceu por lá. Mas esse, eu juro que não vi... Toninho, que nunca gosta de correr pouco, ainda voltou no trotinho para casa, morro acima. Já nós, fomos recebidos pelo anfitrião e sua esposa Samira com um isotônico geladinho, que desceu mais redondo que qualquer marca de cerveja.

Provavelmente não foi a coisa mais sensata para se fazer na véspera de uma corrida (amanhã, domingo, enfim faço minha terceira prova do ano, uma de "fabricação própria", organizada pela minha equipe, a 100 Juízo, em parceria com a Tribe of Runners). Mas certamente foi a mais divertida. Obrigado, Jorge, pelo convite. Obrigado, Guilherme, Toninho e Michel pela companhia.

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/276592089

Resumo do treino:

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ousar

Ousar não é antônimo de ter medo.
Ousar é ir adiante, com ele e tudo mais.

Ousar não é cômodo ou seguro.
Ousar é para quem se incomoda com segurança em excesso.

Ousar não é uma estrada asfaltada ou um tapete vermelho.
Ousar é uma trilha íngreme e escorregadia, a ser aberta a facão.

Ousar não é insanidade.
Ousar é para quem enlouquece se ficar parado.

Ousar é ver a dúvida pairar no rosto incrédulo de quem ouve antes.
Ousar é ver queixos caídos depois.

Ousar é se cansar de quem faz tudo sempre igual.
Ousar é ser diferente por essência.




Ousar é aprender algo novo todos os dias.
Ousar é esquecer-se de tudo aquilo que nada acrescenta.

Ousar é jogar tudo para o alto de vez em quando.
Ousar é pegar de volta, ainda no ar, aquilo sem o qual você não vive.

Ousar é traçar metas.
Ousar é não temer redesenhá-las em movimento.

Ousar é fazer algo nunca feito, por ninguém ou apenas você mesmo.
Ousar é só esperar reações diferentes de ações diferentes.

Ousar é acertar ou errar, 50%-50%.
Não ousar é 100%, só não se sabe o quê.

Ousar é expor-se ao ridículo.
Ousar é sujeitar-se à glória.

Ousar é estranho.
Estranho mesmo é não ousar.

Fábio Namiuti

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Treino 27 - Dia do Professor

Ih, conheço o cara faz uma data... Desde a minha quarta corrida (a do Bar do Mané em Guaratinguetá), lá pelos idos de 2005, para ser exato. O tiozinho emparelhou, já além da segunda metade da prova de 10 km e falou qualquer coisa sobre como era bonita a passada da molecada correndo. Terminaríamos praticamente juntos, depois de um bom bate-papo (mais ele falando, mais eu ouvindo) de três quilômetros e pouquinho. Por um daqueles acasos do destino, no mesmo instante, minha esposa e a dele, ambas na plateia e torcida, também iriam se conhecer enquanto os maridos corriam.

Um mês antes disso, na minha primeira corrida caseira, só descobriria algum tempo depois ao rever as fotos, lá estava ele, exatamente ao meu lado, nos momentos que antecederam a largada. Era mesmo para ser... E ainda bem que foi!

Desde a época das corridas à lenha
Não precisou muito para que nos tornássemos grandes amigos. Toninho é um daqueles camaradas com quem qualquer um simpatiza instantânea e automaticamente. Do tipo que dá bom dia até para cachorro que vem correndo no sentido contrário... Diferença de idade? Dá a impressão que ele é que é vinte anos mais novo que você... Tô pra ver terráqueo com mais energia e disposição que esse. Não quer que ele vá? Não convide, porque ele topa... Para mim, repito sempre, ele é uma referência. De atleta e de pessoa. Poder correr ao lado dele é um prazer e um privilégio.

Eu corro junto dos meus ídolos no esporte
Aposentado, depois de muitos anos de trabalho e batalhas na vida, ele goza de merecido descanso. E passa boa parte do ano "refugiado" na praia. Sem nunca deixar, entretanto, de treinar e seguir se preparando para as corridas, preferencialmente longas distâncias. Em qualquer época do ano, estando ou não a caminho de mais uma maratona, é comum ouvi-lo dizer que correu 25 ou 28 km. Se bobear, várias vezes na semana. O sujeito é uma usina...


Corre MUITO!
Nesse ano, como o carnaval chegou mais cedo, tivemos a alegria de recebê-lo de volta antes. E não há maneira melhor de dar as boas vindas a um amigo corredor que, claro, marcando um treino coletivo. Foi meio de última hora, de supetão, mas acabaria dando tudo certo. Mobilizada, a galera correspondeu. E veio em peso celebrar o regresso do nosso companheiro, num percurso propositalmente agendado para o seu território.

E ainda apareceu mais gente depois da foto oficial
O trajeto de aproximadamente 12 km, sugerido pelo próprio dono do treino, era para ser ainda maior (tô falando!). Mas eu acabei o adaptando para que tivesse alguns milhares de metros a menos e coubesse bem em um evento noturno, não o estendendo pelas altas horas e nem causando problemas com as respectivas patroas dos participantes. Eu não conseguiria convencer a minha a ir. Mas D. Ana, esposa do homenageado, junto com a sempre presente D. Marlene, estavam firmes lá. E nos proporcionariam um belíssimo lanche pós-treino, repondo (com sobras) as calorias despendidas.

O "lanchinho"
A concentração seria na Praça Ulysses Guimarães, bonito e aprazível lugar para treinos no Jardim Aquarius, região oeste da cidade. Dali saímos, no horário previsto, descemos até a rua do recém-inaugurado (até que enfim!) fórum, seguimos pela marginal da Dutra, percorremos toda a Avenida Cassiano Ricardo, descemos a São João e seguimos, sentido Urbanova, até pertinho de onde será realizada, no próximo domingo, a 2ª Corrida de Verão das equipes 100 Juízo e Tribe of Runners (vai ser show!).

Só não precisava ter tanto pernilongo...
Seriam vários os companheiros de treino durante a sessão. Além do próprio Toninho, rápidas parcerias com o Edson, o Tonico, o Aldo (que também ficou um tempo "sumido", mas já está de volta, firme e forte!), o Cap. Zebra e o Estevam. E outras duas um pouco mais duradouras: com meu amigo de infância Vinicius, tenista e corredor, em seu primeiro treino conosco (seja sempre bem-vindo!); e também com o grande Silas, normalmente bem mais ligeiro, mas voltando aos poucos de lesão. Treinar ao lado de tanta gente bacana... É mais bacana ainda!

O roteiro

A correria da reta final antes do evento de domingo (membro da comissão organizadora, fui bastante requisitado) talvez tenha atrapalhado um pouquinho o social, mas penso que saímos, ainda assim, todos bastante satisfeitos de mais esse belo treinão. Certamente a melhor maneira de receber (e sermos recebidos por) um amigo e companheiro de esporte muito querido. Que certamente vai fazer parte de muitas das histórias que vou contar por aqui.

Seja bem-vindo de volta, PROFESSOR TONINHO!

Borrou a foto, mas esses são OS CARAS
Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/275800797 

Resumo do treino: