sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Treino 19 - Curto-circuito

Até aqui, em relação ao treinamento de musculação, eu vinha fazendo desde o início do ano basicamente a mesma coisa. Série de resistência às terças-feiras, com pouca carga e muitas repetições (cheguei progressivamente ao número previsto de trinta por exercício; a partir da próxima semana, tentarei ampliar gradativamente). E série de força às quintas, com a abordagem inversa: poucas repetições e muito peso para erguer.

Nesses trinta dias desde o retorno à academia, pós-recesso de final de ano, os resultados já são notórios. Se não sou tão braçudo feito meus colegas de maromba, os joelhos, que chegaram a chiar nos treinos de corrida entre o Natal e o ano novo, já estão aguentando bem o tranco de novo. A descida da Serra de São Domingos, depois da chegada ao alto do Cristo em Poços, que o diga.

Mas é preciso ter força, é preciso... Sempre!
Mas quem faz sempre o mesmo, só pode esperar resultados idênticos, certo? Isso é óbvio que dói... Estou satisfeito com alguns desses, mas nem tanto assim com outros. Embora a balança não seja o melhor indicador, ainda mais para quem vem pegando pesado; e a calça jeans, essa sim implacável, esteja nitidamente mais folgada que em dezembro, estar patinando nos números não era parte do script. Acabou a temporada do chocotone e eu preciso começar a agilizar também a queda livre nesses dígitos. Do meu jeito, sem recorrer a produtos milagrosos e nem dietas mirabolantes, como sempre fiz (e funcionou, afinal, perdi trinta quilos assim). Mas que vai ficando cada vez mais difícil... O tempo só anda para frente! Quase 4.2, tchurminha...

Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti...
Então, é chegada a hora de voltar a fazer a lição de casa. Pequenos detalhes que fazem toda a diferença durante uma corrida, ainda mais aquelas longas, que eu tenho mania de querer encarar. Carregar um saco de açúcar a menos já ajuda, imaginem um de arroz (ou dois). É tempo de comer melhor (e menos porcariada, claro!), de usar e abusar das santas frutas, que salvam a pátria de quem não é nem um pouco chegado às alfaces e afins. Mas é hora também de diversificar os treinos e queimar mais calorias. E uma dessas mudanças de foco atende pelo simpático nome de treinamento em circuito.


Um bom papo com o professor de educação física explica melhor (e uma googlada também traz bons artigos para serem lidos), mas treinar em circuito basicamente é fazer exercícios em estações, sem ou com pequenos intervalos entre elas. Nada daquele bate-papo sobre a nova totosinha da academia entre um aparelho e outro (hehehehe...). Até então, o único circuito que eu havia experimentado era esse da imagem acima, extraído de uma (excelente) matéria da revista Contra Relógio. Denominado como específico para corredores, ele inclui corrida na esteira, três tipos de abdominais e dez exercícios para grupos musculares diversos. Muito bom e produtivo. Mas meio curtinho para minhas atuais pretensões.

Ontem à noite, troquei o treino de força das quintas-feiras por um circuito um pouco diferente. Bem mais punk, aliás. Peguei minha série habitual de resistência, que tem dezenove exercícios, fora abdominais. E a utilizei no formato de circuito, passando direto de uma estação para outra, sem intervalos; fazendo uma única sequência de doze repetições para cada atividade. E, aproveitando a infraestrutura oferecida pela academia, iniciando e terminando com exercícios aeróbicos, trinta minutos antes e mais trinta depois. Dez na bicicleta ergométrica, dez no aparelho elíptico (ou transport, para quem preferir) e, claro, como bom corredor, mais dez minutinhos na esteira. Só não pulei corda... Deveria!

Sua, danado!
Valeu a pena. Não só deu para somar mais quatro quilômetros à minha rodagem da semana, como também para fazer, pela primeira vez em 2013, uma média de ritmo (ligeiramente) abaixo dos 5'/km. Desde a Corrida da Virada Joseense do dia 31/12 eu não sabia o que era isso. Terminei o treino encharcado, bem diferente do que costuma ser quando só puxo ferro. E certamente gastei bem mais calorias. Exatamente o que queria (e precisava).

Não vou abandonar o treinamento de força, que considero bastante importante, independente da corrida. Apesar da carinha de moleque (mamãe diz!), já começo a entrar em uma fase da vida em que a perda de massa muscular é consequência natural. Mas alterná-lo com o circuito. Ou, simplesmente combiná-lo com mais atividades aeróbias. Na falta de verba para investir em uma bike (os "malucos do pedal" estão com tudo, fazendo belos passeios intermunicipais; um dia ainda empresto uma e vou com eles) ou aulas complementares de natação, lançar mão daquilo que já está à minha disposição e sendo subutilizado.

Eu ainda chego lá...
Ao invés de cansado, senti-me revigorado ao final do treino. Vamos tentar. Acho que o caminho é esse...

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