sábado, 20 de abril de 2013

Treino 62 - (Com certeza) Maluco Beleza

A notícia de anteontem caiu como uma bomba. Ficar sabendo que a mudança de data vai me impedir de participar da prova, as 24 horas na pista da Virada Esportiva, para a qual vinha me preparando desde o começo do ano, foi um colossal balde de água gelada. Mas a vida continua e os treinos também. Objetivos se remodelam e nada há de me impedir de continuar correndo, literalmente, atrás deles.

Caminhos mudam, mas seguem sendo caminhos
Não deixei que o desânimo tomasse conta. Quando enfim veio o final do expediente comercial de sexta, aquele que parece ser o que mais demora para chegar, saí à rua de mapinha na mão e tudo. Tinha uma hora de rodagem livre para fazer, segundo a planilha. Um percurso repetido qualquer não me deixaria satisfeito, pelo menos não naquela noite. Havia de ser algo diferente, original, meio doido...

Tipo assim...
O que não falta por aí é gente criativa. Já rolou até uma vez (ou várias) um concurso na internet para ver quem fazia o desenho mais original usando o relógio-GPS. Teve corredor-artista que fez coraçõezinhos, animais, objetos, logotipos, figuras geométricas e outras bobagens divertidas afins. Quem também entrou nessa onda recentemente foi o meu bom camarada e companheiro de equipe, o Aldo. Usando as ruas da sua quebrada, o Jardim Ismênia (onde também morei por um ano, no final dos 90's). Porém, ao invés de desenhar, o cara cismou de escrever correndo... Ou correr escrevendo, sei lá eu!

O caderno de caligrafia do Aldão

Caprichando na letra, ele começou escrevendo o próprio nome. Depois, a título de incentivo, rabiscou o da esposa e também potencial corredora Daniela. Na semana seguinte, fez uma tríplice homenagem aos nossos amigos Sílvio Prado, Sílvio Lima e Sílvio Américo (vulgo "O Corredor do Apito", recuperando-se de uma fissura no tornozelo). Um passarinho me contou que o próximo na lista de honrarias, para a semana que vem, é esse que vos escreve. Confere, produção?

Esse dá trabalho... O nome também!
Inspirado na bem bolada brincadeira do amigo, resolvi fazer do meu treino também uma homenagem. Não a um apenas, mas a todos os meus companheiros de equipe de uma só vez. Garranchando pelas ruas do meu bairro, o Jardim Satélite, o nome que todos nós nos orgulhamos de carregar no peito. E dentro do coração. Somos malucos do asfalto, com muita honra!

Na prática, não ficou bonitinho assim... Mas valeu a intenção!
Comecei o percurso (e o algarismo um) na Avenida Andrômeda, em frente ao distrito policial. Desci a Rua Ipiau e fui desenhando os outros dígitos pelas vias paralelas entre a avenida e a Rua Cabo Frio. Como eram apenas três caracteres, nem precisei de todas as ruas. Na Cedral já finalizei o último zero. Retornei para começar a palavra cuja falta melhor nos caracteriza.

Com moderação
As letras, um pouco mais elaboradas que os números, exigiram uma maior atenção. Os nomes das ruas e a sequência delas estavam escritos no papelzinho, por via das dúvidas. E, ao reler, não enxerguei e quase torci o pé num buraco no asfalto. Estranho foi ver a reação das pessoas ao me verem indo e voltando pela mesma rua, como na Itapetinga, para rabiscar a letra I. E encontrar pelo caminho uma antiga vizinha, que provavelmente passou a me achar um pouco mais nerd do que já imaginava. Normal.

Fã incondicional
Depois de uma esticadinha até a Avenida Perseu para o Z do Zorro; e da letra O usando a Iguape, limite do bairro com o Bosque dos Eucaliptos, concluí o grafismo na Rua Itabuna, em pouco mais de 27 minutinhos e alguns metros aquém dos cinco quilômetros. Muito pouco, menos de metade do que mandava o "treinador". Não havia problema. Estava ali bem pertinho a Área Verde, onde tudo (re)começou, quase dez anos atrás. 

Retinha histórica
Foram seis voltas e meia, todas no sentido anti-horário, algumas pela terra e outras pelo concreto. E mais uma esticada de volta até minha casa, em ritmo de passeio. O bastante para inteirar a hora completa, com 10,6 km rodados e ritmo médio de 5'40''/km. A pouco mais de uma semana da primeira prova-alvo do ano, ficou de ótimo tamanho. 

Domingo tem mais, em Caçapava. Mas devo jogar no time dos que não vão fazer o percurso completo, de 19 km, na simpática terra da taiada. É hora de poupar as canelas para o gira-gira interminável na pista de Praia Grande do outro final de semana. Prudência.

Energia que dá gosto (doce)

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