Treino 57 - Cassino do Estoril

Escondidinhos ali, entre o final do Bosque do Eucaliptos e o buracão até a Rodovia dos Tamoios, estão os bairros Jardim Estoril e Jardim Portugal. Não me pergunte onde termina um e começa outro, acho que nem quem mora lá sabe direito. São umas poucas ruas em cada um. Quando eu era moleque, era por ali que ficava a célebre pista de motocross, perdida no meio do nada. A vizinhança cresceu bastante nas últimas décadas.

Das colinas tão distantes...

Apesar de bem próximos, não costumo usá-los como percurso habitual de treinos. No máximo, passar ao longo de sua via principal, paralela à Avenida Cidade Jardim, fugindo do trânsito carregado desta. Mas, na noite desta terça-feira, a escolha seria proposital. Dar uma voltinha pelos bairros luso-joseenses seria uma maneira de festejar o recebimento de uma notícia simplesmente fantástica. Se pudesse, ouviria também um bom fado, abriria um vinho do Porto, saborearia uns pastéis de Belém e um delicioso bacalhau... Opa! De bacalhau eu não gosto. Podem ser só as batatas?

Adoro o quitute, ó pá!

A boa nova realmente faria jus à tamanha comemoração. Nada menos que um "convite-patrocínio" para correr, em outubro próximo, a nova Maratona de Lisboa. Nunca escondi de ninguém que tinha o sonho de fazer uma prova internacional. Cogitei até participar de maratonas mais próximas, como as de Assunção ou Buenos Aires, mas nunca deu "$erto". Sempre houve outras prioridades que impediram. Enquanto não chega a confirmação da Virada Esportiva como projeto maior da temporada, a motivação para treinar pelo resto do ano está garantida, com a perspectiva de um recorde pessoal nos 42,195 km em terras portuguesas.

Um sonho além-mar

Enquanto outubro não chega, o negócio é seguir treinando firme. Como sempre. Animado, saí aquecendo, primeiro pela avenida, depois na pista da Quinta das Flores. Dois quilômetros depois, chegava ao Estoril local. Dei uma passeada primeiro pela sua bonita pracinha, a Rubens Castilho, tão pouco usada por corredores e caminhantes (e bem mais por casais de namorados e alunos gazeteiros), mas uma boa pedida para treinos fechados. Sua pista de concreto, com 530 metros de extensão e uma leve inclinação, é uma bela substituta para a oficial de quatrocentos.

Joia desperdiçada

A partir dali, fui seguindo sempre pela beira do penhasco, contornando o mapa do bairro. De dia, com um lindo visual. Em algumas esquinas, era brecado pela placa amarela de "rua sem saída". Até achar, lá pelo quinto quilômetro, uma que não tinha. Nem saída, nem placa. Achei que era hora de retornar. O treino era vapt-vupt, não valia chegar aos dois dígitos. A carcaça ainda estava judiada dos 35k de domingo.

Faltou uma

Cortei por dentro de outra praça das redondezas, a José Carlos Bastos, onde fiz um único treino exclusivo, de tiros curtos, não me lembro exatamente em que planilha anual. Depois de tantos ziguezagues, era hora de correr em linha reta. Estava de volta à Cidade Jardim e por ela pretendia voltar direto até o ponto de partida. Mas resolvi fazer mais uma peraltice, atravessando a Praça das Bandeiras e seguindo pelo gramado ao longo da ciclovia do canteiro central da Andrômeda. Variar é bom.

Pelo meio, só quando não vem bicicleta

Aos oito quilômetros, parando para um golinho d'água na Área Verde depois de um tirinho (fake) de mil metros em 4'51'', até poderia zerar o relógio. Mas não estava nem um pouco a fim de caminhar mais um quilômetro até chegar em casa. Preferi então, no trote bem leve, arredondar a sessão para nove quilômetros em pouco mais de cinquenta minutos. A ocasião merecia. Quarta tem mais, em Jacareí, com a turminha do barulho.

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/295831193

Resumo do treino:

Errado de novo, G.C., pace de 5'35''