terça-feira, 18 de junho de 2013

Treino PL28 - Stenotaphrum secundatum

Terminei no domingo a Volta ao Banhado 3.0 extremamente cansado, preocupado até com uma dorzinha estranha abaixo do joelho (que, felizmente, desapareceu do nada, como surgiu). Mas nada como repouso e boa alimentação pós-treino. E uma carapaça engrossada pelo tempo e o hábito. Dez anos de treinos não são dez dias de treinos. Não sou atleta e nunca serei. Mas tenho um bom poder de recuperação. Ou, para quem preferir uma palavrinha da moda, resiliência.

Mas também não faço nada além da minha obrigação. Ou tenho outra alternativa?
Ainda assim, fiquei numa dúvida atroz se deveria ou não alterar o planejamento de treinos da semana que principiava. Colocar um day off a mais nela, já que o outro terá de acontecer no domingo, depois da batalha que o XTerra em Ilhabela certamente será.

Pelo que deu para ver (ou não), o menos pior vai ser o escuro
Deixei a decisão para os 45' do segundo tempo... Mas sem fazer muitas divagações filosóficas para tomá-la. Respondi apenas e tão somente àquelas duas questões fundamentais:

a) estou com vontade de correr?
b) tenho alguma dor ou lesão que impeça?

Sendo "sim" a resposta à primeira e "não" à segunda, não tive mais dúvidas. Calcei os tênis e ganhei as ruas do Jardim Satélite para meu costumeiro regenerativo das segundas-feiras à noite.

Aqui é o meu lugar
Mas, se há algo que garante, ao lado da sorte (ou qualquer outro nome que queiram dar) e do contínuo trabalho de fortalecimento muscular, esses quase dez anos livres de contusões mais sérias, ele atende pelo nome de bom senso. Se resolvi treinar em um dia que talvez o mais coerente seria ter ficado em casa descansando, que ao menos fosse um treino realmente leve, de curta duração, sem preocupação com ritmo e, a meu ver, com algo igualmente importante: em tipo de piso favorável.

Escolha o seu
O escolhido para o trotezinho da noite foi o mais macio deles. Não em todo o trajeto, já que não estava nem um pouco a fim de correr dando giros ou fazendo bate-e-volta. Mas, onde achei chão verdinho, nele logo fui pisando. Primeiro o da pracinha perto de casa, depois o das laterais do Passeio Cidade Jardim. Logo mais, e pelo maior dos trechos, seguindo pelo canteiro central da movimentada Avenida Andrômeda. Grama alta esconde buraco e é um convite à torção de tornozelos e/ou joelhos. Mas parece que eu tenho um certo grau de parentesco distante com o Wolverine. Meus ligamentos são de adamantium.

Com a buraqueira que tem por aqui, é o jeito...
Chegando ao final da ciclovia (sem pisar nela, exceto quando não havia outra alternativa), comecei o retorno pelo mesmo caminho. Mas segui farejando gramíneas diferentes e me lembrei da área de lazer recentemente inaugurada atrás do Centro Poliesportivo João do Pulo, no qual correra uma única vez e dando uma volta apenas. Ali, grama é mato...

A foto é antiga. Transformaram o antigo buracão e lixão em uma bonita praça

Aproveitei o traçado dos caminhos de concreto pelo terreno gramado e fui fazendo desenhos surrealistas nele (Dali curtiu isso). Se a vontade era de correr no piso esverdeado, esbaldei-me ali. Fui até para o outro lado da rua, onde está a academia ao ar livre, para mais um retangulozinho no mapa. Mas ainda tinha alguns minutos para completar os quarenta da sessão (ou alguns metros para os sete quilômetros redondos). E um último desejo para fechar o treino com chave de ouro... Ou de esmeralda?

Blog de corrida também é cultura...

O mais famoso gramado do bairro não poderia ficar de fora da brincadeira. E, já que estava ali mesmo ao lado, não haveria também porque ficar. Segui pela calçada da Rua Castor até a Avenida Perseu, entrei trotando, aproveitei que o portão frontal estava aberto e ganhei o tapete verde a partir da baliza do gol (entrando nele, inclusive). Dei o giro completo no campinho de futebol do João do Pulo, finalizando minha atividade com o gostinho de, mesmo em mais um treininho banal, ter feito algo diferente e divertido.

Nunca fiz um gol aí... Mas já corri revezamento 4x100 metros...
Como postei no meu mural, já me arrependi algumas vezes de não ter ido treinar. De ir, nunca. E acho que dificilmente vou. Quarta tem mais.

Pra vaquinha nenhuma botar defeito

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/329491253

Resumo do treino:


6 comentários:

  1. Pergunto: Regenerativo é bom? Seu ritmo médio não deveria ser mais alto, tipo 06:30 / 07:00? Qual sua FC média nos regenerativos? Affff!!!

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    1. Regenerativo, para mim, é muito mais um treino de curta duração do que de ritmo predeterminado. Corro sem olhar as parciais e só as verifico, junto com os batimentos, ao transferir o treino para o computador. A FCM costuma ser entre 130 e 140.

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  2. Outra coisa: Já coloquei um ovo para Sta Clara pensando em vc em Ilhabela e em meu genro no niver domingo.

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  3. Eu amo esses treinos que você monta, parecem visualmente loucos e insanos.
    Parabéns pelos cuidados em descansar quando necessário e ter uma ótima recuperação.
    Eu as vezes peco pelo exagero. Faço atividade física 7 dias na semana e corro normalmente de 3 a 4 dias. E no dia que não consigo por algum motivo extramente forte ir pro treino me sinto tão mal.
    Mais uma coisa pra me inspirar em você!
    Cássia (http://www.cassinhags.blogspot.com.br/)

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    1. São um pouquinho, Cássia, igual a mim... ;-)

      Tentei várias abordagens ao longo dos anos, mas acho que encontrei minha fórmula ideal de algum tempo para cá. Corro quatro vezes na semana (um regenerativo, um longo, um just for fun com os amigos e outro que pode ser um treino livre de rodagem, um trabalho de velocidade ou mesmo uma prova. Faço musculação duas vezes por semana, às terças e quintas. E tiro um dia de folga, normalmente o sábado. Vem funcionando bem. Quando há uma mudança de planos, como uma prova noturna no sábado, faço uma ou outra adaptação e dá tudo certo também.

      Bjs e boa semana!

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