Carácoles... Parece que o esforço no XTerra (imaginem se tivesse sido nos 50 ou nos 80 km!) foi tão grande que me deixou "de molho" até aqui no blog! Acho que nunca fiquei tantos dias sem escrever desde que criei esse cantinho.
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Depois das trilhas e subidas noturnas em Ilhabela |
Mas, brincadeiras à parte, claro que não fiquei totalmente parado. Descansei no domingo, dia que teve corridas em Paraisópolis e Caraguá, treinos
top como a Volta da Valkilândia e
malucos do asfalto em ação em longões de trinta quilômetros ou mais... Todo mundo fazendo a lição de casa! Na segunda à noite, dia friozinho e chuvoso, optei por trocar o regenerativo de quarenta minutinhos na rua por um
triathlon na academia: vinte minutos trotando na esteira, outros vinte no elíptico e mais vinte na bicicleta ergométrica, tudo na carga/velocidade mínimas. Suar sim (pouco). Forçar uma musculatura ainda fatigada... Pra quê? Foi um dos meus treinos mais curtos do ano, nem três quilômetros deu. Mas não me deixou de consciência nem um pouco pesada.
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Só não teve maromba... Nem as mina | | |
Continuando a semana de polimento, baixando gradativamente volume e intensidade dos treinos, de forma a tentar chegar (mais ou menos) descansado no Recreio dos Bandeirantes no dia 7 de julho, pretendia rodar uma horinha ou pouco mais na efetiva volta aos treinos, marcada para a noite da quarta-feira. Mas, como o mapeamento do percurso havia ficado por conta do nosso
desnorteado Tonicão, tudo poderia acontecer. Na cabeça dele, o trajeto não tinha nem dez quilômetros. Na prática...
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Gente boa pra caramba... Mas o GPS embutido dele é xing ling |
Teve gente que foi direto para a casa do anfitrião, outros para o Posto da Gruta, onde ele estava... Para a bagunça virar treino, custou um pouquinho. Mas acabou dando tudo certo, nem atraso teve. Deixamos o local de largada, à beira da marginal em reforma (um caos!) da Dutra. E cruzamos a rodovia, já iniciando o trote de aquecimento, pela passarela. Se eu já tenho medo de correr sozinho ali, passando um monte de gente, então... A danada balançou mais que a presidenta no pronunciamento oficial da semana passada!
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Cair, não cai. Mas que tremeu... |
Dali até o hospital e a redondinha Praça Natal em frente a ele, seguimos todos juntos. Na leve subida para o bairro 31 de Março, idem. Mas, antes do final da longa Rua Icatu, os ponteiros já estavam se destacando à frente. Elenco que tem os irmãos Wagner e Cezinha, nunca é fácil de acompanhar, nem mesmo quando eles estão tirando o pé. Querendo ir ainda mais devagar que de costume, juntei-me à
elite negativa,
magnífica turma do fundão. Na rampa de entrada das Chácaras Reunidas, a Ana Lucia sentiu ameaça de cãibra, Tonicão foi socorrer e eu dei um pique para formar nova dupla com o velho parceiro Toninho Corredor.
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A gente quase não corre junto... |
Ao lado do veterano companheiro, contornei o distrito industrial, atravessei novamente a BR-116 pela passarela da Polícia Rodoviária e adentrei o pequeno Jardim Pôr do Sol, pedacinho da cidade que só foi entrar nos meus registros depois que comecei a correr. Depois do incentivo do campeoníssimo Raymond Mourão ("tem que correr mais,
rapaziada!"), com quem cruzamos pelo caminho, fizemos até um pouco mais de força na escalada das ladeiras até o Splendor.
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Paredão nada esplendoroso... |
Quis dobrar à direita e seguir direto para o ponto de partida, mas Toninho, mais atento às explicações de seu xará, alertou que ainda havia uma esticadinha dali até o começo da Via Oeste e o encontro com a Avenida Campos Elíseos. Suspirei, fiz as contas (chutei uns 14 km!) e fui. A galera da vizinhança avisou: "corre aí, que os outros três já estão lá na frente". Na verdade, cinco. Além dos
brothers, também o Edson, o outro Wagner, que já estivera conosco antes no treinão da madrugada; e o aniversariante do dia, o grande Capitão Zebra.
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Um amigo e um ídolo no esporte |
Dosando ainda mais o ritmo neste trecho final, completamos o giro de volta ao posto, de ontem costumamos partir de
busão ou van para corridas na capital e outras
quebradas a oeste do Vale. Contentes ao ver que Tonicão e Ana já estavam lá, e bem. Ela e o meu parceiro de treino acabaram ficando de fora da
foto oficial, já que a câmera havia ficado no carro. Mas fizeram parte de mais esse desafio enfrentado e vencido com galhardia.
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Strangers in the night |
Cheguei em casa e descobri que havia saído a revista Runner's World Brasil com a matéria sobre a minha transformação pessoal através do esporte, olhem que legal... Muito melhor que aparecer, ter destaque, é mesmo poder mostrar que pessoas comuns, com determinação e força de vontade, podem mudar suas vidas e fazer o extraordinário acontecer.
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Uia! Panga também sai na revista? |
Sexta tem mais, um derradeiro
mini-micro-longuinho antes de percorrer a orla carioca. E domingo tem Unimed Run. Tudo na boa, tudo só para dar aquela polida.
Vamo que vamo! Que vamo, vamo...
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Menos de dez, né, Tonicão? |
Link no Garmin Connect:
https://connect.garmin.com/activity/333789918
Resumo do treino:
Belo treino e parabéns pela "aparição" na revista.
ResponderExcluirObrigado, Tadeu. De vez em quando, a gente aparece por aí. Abraço e bom final de semana.
ExcluirUm panga nada, um atleta disciplinado, que fez da sua garra, determinação e amor a corrida uma história linda que inspira a todos, seja uma iniciante como eu, até gente muito experiente.
ResponderExcluirAcho que esse é um dos motivos pra ter você como meu inspirador mor, porque você é gente como agente, que nos dá muito orgulho.
Espero vê-lo em muitas revistas por ai.
Bjs
Cássia (http://cassinhags.blogspot.com.br/)
Um panga disciplinado, com garra, determinação e amor à corrida então, Cássia... ;-)
ExcluirEspero ver também a sua história em destaque, inspirando outras pessoas a também tomarem atitudes transformadoras. E tenho certeza de que vou!
Bjs!
Prezado amigo Fábio, recebi hoje meu exemplar da Runners com uma grata surpresa : a matéria da qual V.Sa. é o protagonista. Parabéns pela trajetória de sucesso e belo trabalho de divulgação deste esporte.
ResponderExcluirParabéns, Panga!
ResponderExcluirTem Panga de todo tipo, e Vc é um que é exemplo a ser seguido.
Já o boçal aqui...minhas aventuras radicais rumo ao desconhecido, somadas à problemas de saúde recentemente diagnosticados, estão me forçando a parar, e talvez dia 7 seja minha última aventura (espero que não...)
Como estou sem poder treinar desde janeiro, meu polimento está sendo um tímido treino em bicicleta ergométrica, o que não me deixa preparado p enfrentar a estrada, mas vou tentar chegar nem que seja em último.
Até domingo!