sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ousar

Ousar não é antônimo de ter medo.
Ousar é ir adiante, com ele e tudo mais.

Ousar não é cômodo ou seguro.
Ousar é para quem se incomoda com segurança em excesso.

Ousar não é uma estrada asfaltada ou um tapete vermelho.
Ousar é uma trilha íngreme e escorregadia, a ser aberta a facão.

Ousar não é insanidade.
Ousar é para quem enlouquece se ficar parado.

Ousar é ver a dúvida pairar no rosto incrédulo de quem ouve antes.
Ousar é ver queixos caídos depois.

Ousar é se cansar de quem faz tudo sempre igual.
Ousar é ser diferente por essência.




Ousar é aprender algo novo todos os dias.
Ousar é esquecer-se de tudo aquilo que nada acrescenta.

Ousar é jogar tudo para o alto de vez em quando.
Ousar é pegar de volta, ainda no ar, aquilo sem o qual você não vive.

Ousar é traçar metas.
Ousar é não temer redesenhá-las em movimento.

Ousar é fazer algo nunca feito, por ninguém ou apenas você mesmo.
Ousar é só esperar reações diferentes de ações diferentes.

Ousar é acertar ou errar, 50%-50%.
Não ousar é 100%, só não se sabe o quê.

Ousar é expor-se ao ridículo.
Ousar é sujeitar-se à glória.

Ousar é estranho.
Estranho mesmo é não ousar.

Fábio Namiuti

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