domingo, 18 de agosto de 2013

Treinos PL58 e PL59 - Um weekend com você

Se tem corrida, a gente corre...
Se não tem, corre também.

Sábado

Domingo
Quando eu falo (ou escrevo), me chamam de chato. Mas digam a verdade: ô, calendariozinho ruim, esse nosso! Domingo que vem, dia 25, tem corrida em Eugênio de Melo, em Taubaté, treino chique da Gamaia e um ou outro evento mais por aí. Já neste final de semana, não havia absolutamente nada em toda a região. Quem deu uma esticada até SP, ainda pôde fazer a etapa Santana do Circuito Popular de Corridas de Rua. Quem esticou ainda mais, até o Rio, correu a meia que dá aquela voltinha xarope no Aterro e larga tarde à beça, só pra poder aparecer no plim-plim.

Ela manda prender. Ela manda soltar. Ela atrapalha as corridas
Quem ficou no Vale, se virou como pôde. Importante mesmo era não ficar parado. Marcamos logo dois treinões para o finde. Um para "ressimular" o percurso da corrida comemorativa ao aniversário do distrito a leste de São José dos Campos. Já havíamos feito isso na semana anterior, no coletivo semanal de toda quarta-feira. Mas era meio óbvio que o nosso inflexível pessoal do trânsito iria barrar o primeiro (e ótimo!) trajeto bolado pelo pessoal nativo das quebradas. Uma pena.

Eles só sabem dizer isso...
Mas não tem terror. Se não aprovam um, o nosso valente e incansável Diretor Edward vai lá e monta outro. Um dos colonizadores da região e conhecedor de cada palmo daquele chão, não lhe faltam recursos e criatividade para isso. Novos mapas seriam traçados para os 5 e 10 km, livrando uma das duas principais vias de acesso. E nós, que adoramos novidades, estávamos lá para conferir em primeira mão quais seriam as mudanças. Muitas, aliás. A começar pelo sentido da largada, invertido em relação aos anos anteriores e ao roteiro originalmente percorrido dias antes.


Novos mapas para os cinco e os dez
A tchurminha, numerosa e de ritmos bem variados, logo se espalharia pelas ruas das adjacências do poliesportivo, mantido como arena do evento. Depois de breve passagem pela Rua 21 de abril, rumamos ao Jardim Itapoã e marginal da Estrada Velha, que margeia todo o bairro Galo Branco e o liga ao Residencial Righi. Como no primeiro simulado, faria novamente boa parte do trecho ao lado do Cap. Zebra, voltando aos poucos à velha forma. De posse da câmera, registraria imagens de partes do itinerário.

 
 
 

 
Cenários para todos os gostos
Percebe-se claramente que o novo percurso deu maior grau de dificuldade à prova, pelo menos em sua distância maior. Há uma diferença na variação altimétrica (81 metros no trajeto original, 92 no modificado) e passagens por trechos menos urbanizados, como a ligação em piso de terra e cascalho das marginais da Estrada Velha e da Dutra. A própria via paralela à BR-116, ausente do primeiro mapa e recolocada no segundo, também é um trecho tradicionalmente complicado, cheio de costeletas que não favorecem muito a quem pretende correr rápido. A companhia do amigo Marcelo foi muito bem-vinda e ajudou a manter um bom ritmo para este trecho final, de retorno à reta da Ambrósio Molina.

Valeu, Marcelo!
Depois de correr duas vezes os 10 km em treinos, parto, contradição total, para a metade disso no dia da prova propriamente dita. Consegui convencer minha esposa a finalmente estrear em uma corrida ao meu lado. Deveremos ser os dois últimos colocados, mais caminhando do que correndo, mas vai ser uma satisfação muito grande ter a companhia dela a cada passo. Como vem sendo, aliás, desde as minhas primeiras corridas. A torcida organizada tem chefe. Retribuir é o mínimo que eu poderia fazer.

Sempre comigo
Menos de vinte e quatro horas depois, estava novamente em ação. Acordar antes do sol nascer, ainda mais numa friagem dessa, é pavoroso... Mas, se for para dar uma corridinha, a gente nem liga! Toninho, ausente na véspera, passaria por aqui para uma providencial carona. E iríamos encontrar uma animada galera no outro extremo da cidade, quase onde ela vai se encontrar com a vizinha Jacareí. E para lá seguiríamos, saindo da casa do companheiro de equipe Giovani, o nosso Pikareta.

Gente fina. E corre MUITO!
Tinha até um cafezinho pra esquentar a goela. Mas foram esperando um chegar, depois mais outro. Custei para me livrar dos agasalhos. Pedi encarecidamente para começarem logo. Ou então para me darem um abraço (hehehe...). Que friaca danada!

Dizem...
Faltando sete semanas apenas para a Maratona de Lisboa, meta do meu segundo semestre, este treino longo era vital para as minhas pretensões. Corrê-lo bem seria fundamental para dar pique à reta final da preparação. Comecei ao lado do veterano amigo Toninho, em ritmo razoável, puxando a fila da turma do fundão, já que a cavalaria, antes do primeiro bipe do relógio, já estava centenas de metros à frente... Esses caras não sabem brincar!

Assim não vale!
Até o quarto quilômetro, em asfalto e declive, tudo tranquilaço. A partir dali, encrenca da boa. Piso rústico, pouco irregular no começo, bastante mais à frente. E quase nada plano. Praticamente o tempo todo ou subindo, ou descendo. Na encruzilhada, por onde passáramos na outra vez ali, em março, desta vez iríamos pelo lado esquerdo, deixando a Estrada do Rio Comprido e entrando na do Varadouro, seguindo reto depois que ela passava por debaixo da Rodovia Carvalho Pinto. Uma lindeza só o visual da zona rural de Jacareí, pertinho da represa de Santa Branca. Chegar lá para apreciar é que era meio complicado.

Bonito, mas de difícil acesso
A dupla ganharia a companhia de Tonico e Helber e participações especiais do Johan, que ia e voltava, para aumentar seu treino para trinta e poucos "kaemes". Juntos chegaríamos ao final da estrada e começo de outra, com 12,6 km rodados. Hora de regressar e, pelo feeling da galera, colher os frutos da maior parte em aclive da primeira metade. Tinha lá as minhas dúvidas. E não estava enganado. Havia muito morro a subir dali para frente também.


Encrenca indo, mas também voltando
Aos poucos, mais cansado que os amigos que folgaram na véspera, fui ficando para trás. Na volta ao trecho urbano, andei bonitinho na ladeira monstro da Rodovia Geraldo Scavone. Ali não tem muito jeito. Naquelas rampas, pit bull vira chihuahua... As parciais 22 e 23, acima dos nove minutos, distorceriam toda a minha média de velocidade do dia. Mas voltaria a ficar pouca coisa acima dos 6'/km nos dois últimos quilômetros, novamente no plano (ou quase isso). Importante seria completar, e bem, os vinte e cinco e uns quebrados. Nem que para isso, fosse literalmente o último a chegar... Cata-prego para o Fabião!

Uó uó uó uó...
Muita água (que faltou levar durante o treino, esqueci da garrafinha), sucos diversos, bolos e tortas. Reposição à altura depois do considerável esforço. Comendo pelas beiradas, aos poucos acho que vou ficando pronto para encarar a marvada lusitana. Não parece ter pinta de recorde pessoal, mas acho que vexame internacional também não vou dar. Sigo correndo atrás do prejuízo. E contra o tempo.

Encrenca da boa
Belo final de semana, sem medalhas, mas com muitos quilômetros (35!) e emoções. Durante a próxima tem mais.

12 comentários:

  1. simplismente fantastico os 25,400 kms rodados hoje com todos, principalmente com a companhia de Fábio Tonico Antonio e participações especiais do Johan. Mais realmente Namiuti aquela ladeira mostro da Rodovia Geraldo Scavone ja nos 22 km e tambem ja batendo meu recorde de km que era de 21,foi muito difícil... Mais tenho certeza que pra mim foi mais uma lição de vida no mundo das corridas de rua e do campo. E acho que ao poucos vou melhorando cada vez mais..Parabéns Fábio!

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    1. No meu Garmin, 25,220 km. Mas realmente fantásticos, Helber. Parabéns pelo seu novo recorde de distância. E obrigado pela companhia na maior parte desse percurso pra lá de pauleira que o nosso amigo Pikareta arranjou. Siga evoluindo, sempre com bom senso e cautela. #TamoJunto nos próximos desafios. Abração!

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  2. Ótimo percurso, pelas imagens.
    Foi um final de semana sem medalhas, camisetas e outros frufrus, mas o mais importantes teve: Kms na conta.

    Já cansei de dizer, essa falta de organização dos calendários (não sei se é intencional ou não) só prejudica o empresário. Porque p correr basta a rua.

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    1. Difícil à beça, mas realmente um belo percurso, o de domingo.

      Era justamente do que eu estava precisando: treinar. Sem isso, Lisboa vai ser só passeio.

      Consigo até entender a falta de comunicação, mas não a teimosia. Insistir em marcar provas para os mesmos dias na mesma região é bater cabeça.

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  3. Fábio, que Fôlego hein?
    Meneiro seu empenho e suas palavras. Imagens lindas e mais percursos desafiadores.
    Sucesso meu campeão!

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    1. O fôlego é curto, mas diversão e desafios realmente não faltaram, Luizz.

      Valeu! Sucesso para todos nós.

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  4. É isso aí Fabião! Gostamos de provas, mas gostamos muito mais de correr! Que excelente final de semana você teve! Parabéns!

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    1. Se esse foi bom, Gilson, imagina o próximo, que tem longão de 30 km no sábado e acompanhar a estreia da minha esposa nas corridas no domingo. Esse é o esporte que escolhemos para praticar. O que não falta, é história boa para contar.

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  5. Pois é meu inspirador mor, pode até não ter prova, mas um dia é sempre melhor quando corremos seja ele uma provinha ou um treino.
    Parabéns por incentivar a esposa a correr, tenho certeza que ela vai se empolgar a ser um 100% sem juizo.

    Beijos

    Cássia (http://www.cassinhags.blogspot.com.br/)

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    1. É isso, Cássia. Seja oficialmente ou não, importante é correr, não ficar parado, estar ao lado dos amigos e curtir os bons momentos.

      Tomara que essa prova do próximo domingo seja um "estalo" e que tenhamos mesmo mais uma corredora no grid.

      Bjs!

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  6. Estaremos sim nos proximos desafio Fábio! este treino do Pikareta foi muito bom para colocar o papo em dia, fomos correndo e conversando, muito bom! abraço ate a proxima.

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    1. Esses treinos & bate-papos são os melhores. Nos vemos nos próximos. Abração!

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