domingo, 4 de agosto de 2013

Treino PL50 - Faz um 21

É o século atual, embora nisso, todo mundo prefira os antigos romanos. Nos cassinos, proibidos (mas encontrados) por essas bandas, vira blackjack. Se for em abril, é o feriado do cara enforcado. Agora, se for corrida, é a distância favorita de muita gente, inclusive deste velho e letárgico corredor que vos escreve. Só não me venha com esse papo que o nome dela mudou para pikermi... O que dá margem a muitos trocadilhos infames e desnecessários!

Pi-não-quer-me
Há quem diga que se fosse boa, não se chamava meia, mas inteira. Há quem goste tanto, mas tanto, que faça até duas num dia só, de vez em quando. Vem caindo cada vez mais no gosto popular, de uma massa corredora que já deixou para trás os cinco, os dez, quem sabe até a São Silvestre e a Pampulha e está em busca de novos desafios. Com essa massificação, vem sofrendo também o indesejável efeito colateral da majoração dos preços. Neste ano, por exemplo, ainda não corri nenhuma, nem mesmo aquela em SP que fazia sempre. Não posso simplesmente aceitar que a inscrição de uma prova suba de R$ 55 para R$ 80, 45% de aumento, de um ano para outro. Qual o critério para isso?

Assim não pode, assim não dá
Portanto, como não tem sido muito viável correr meias maratonas oficiais ultimamente (aqui no Vale, a única que existia, a do Frei Galvão, findou-se, embora tenha sido substituída a contento pela do Bar do Mané, um herói da resistência), o jeito é apelar para os treinos nessa distância. Apesar de mais uma dobradinha de corridas à vista no final de semana que estava por vir, convoquei os amigos para uma meia paralela em plena noite de sexta-feira. E a galera, mais uma vez, não decepcionou. Happy hour de corredor é no asfalto.

A escalação oficial
Apareceram os velhos combatentes de quase sempre, um estreante na distância (Helber), gente que veio para correr menos (Ana Lucia e Vivi) e até parte da turma que treina no João do Pulo, local escolhido mais uma vez para a concentração. Pretendíamos inicialmente largar às 18:30, achando que seria um treino para três ou quatro pessoas, se muito. Mas aí, foi chegando um, depois outro e mais outro... Quando fomos ver, já passavam das 19h. Sem problema nenhum. O que é meia horinha a mais ou a menos, diante da felicidade de poder correr com os amigos?

Correr é bom; com a patota, então...
O roteiro, desta vez, seria de minha responsabilidade. Na ânsia de montar um inédito, estiquei o caminho para quase toda a área da zona sul da cidade. Não há como rodar uma distância dessas sem dar uma sumidinha por aí... Na teoria, ficou bonito, um desenho interessante no mapa. Na prática, seria um belo de um eletrocardiograma, cheio de altos e baixos, castigando as cacundas da turma.



Dali do poliesportivo, seguimos para o caminho até a marginal da Dutra, passando pelo miolo do Satélite velho e contorno do Jardim Anhembi. Depois da passarela do hipermercado, viria a parte mais "perigosa" (na visão de alguns) ou divertida (na minha) da noite. Uma passagem pela escura e acidentada ruazinha do Centro de Controle de Zoonoses. Lembrou um pouco o recente XTerra em Ilhabela, sem os morros. Faltou a lanterninha de cabeça para alumiar.

Pô, esquecemos...
Já tinha subida desde o comecinho. E um pouco mais depois da passagem pela Praça Natal, do Parque Industrial até o 31 de Março. Chegamos até a porta das Chácaras Reunidas pela longa Rua José Cobra, mas não entramos nelas. Dobramos à esquerda e fomos parar na Estrada Velha Rio-SP. O grupo inicial já estava bem mais reduzido. A turma do Jotapê retornara na praça redondinha. Edson terminara a missão de apoio às meninas e se juntara novamente à marmanjada. Só sobrara mesmo a turma dos cascas-grossas.

Acharam que era elogio, né?
Morada do Sol, Vale do Sol, Jardim Morumbi, Bosque dos Ipês, Jardim Sul. Mais e mais bairros sulistas foram ficando para trás, à medida que o contador de quilômetros ia avançando. E o hepteto seguia firme e forte: eu, o "feio", os dois Antônios, o novato, o rei da esteira Elias e o cracaço Márcio, dando uma colher de chá pra rapaziada e correndo à meia velocidade. Time forte, difícil de acompanhar. Só nas fábulas de Esopo é que tartaruga ganha de lebre.

Precisando de um foguete desses...
Descida boa na rua do velho clube da Kanebo, mas mais subidas fortes e/ou longas, nas avenidas Salinas e Ouro Fino, já no Bosque dos Eucaliptos. Chegando pertinho de casa, atravessamos Andrômeda e Cidade Jardim seguindo pela Iguape. E fomos parar lá embaixo, no retão da Mario Covas, rente ao córrego. Para termos de subir tudo de novo, na chegada à passarela que balança mas não cai (espero!) da universidade. Até tentei avisar a turma para virarem à esquerda e não à direita na chegada à quadra de futebol society, mas eles não me ouviram. Aumentaram o caminho, deixando o "atalho" exclusivo só para mim.

Às vezes o ratinho surta...
Mas a avacalhação custaria meio caro. Chegaria de volta ao ponto de partida devendo trezentos metros para os 21 km exatos e quase quatrocentos para a distância regulamentar de uma meia maratona. Não daria sequer para somá-la às minhas vinte e duas oficiais (e nem o faria, claro!). Tudo bem. Bom mesmo foi completar mais um treino duro, mas muito proveitoso também. Bem, inteiro, sem dores e bastante satisfeito, apesar do ritmo médio quase lesmaniano.

Sou devagar, quase parando. Mas comemoro assim mesmo

Já era meio tarde e não rolou lanchinho e nem blá-blá-blá pós-treino. Sem problema. Teríamos muito para conversar nos dias seguintes, em mais uma dobradinha de corridas.

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/352372122

Resumo do treino:

2 comentários:

  1. Aqui em BH perdemos 3: Athenas III, G4 Asics, e Linha Verde.
    As duas primeiras se foram provavelmente devido ao baixo público. Mas ao cobrar 100 reais por um percurso de 21 (ida e volta) esperavam o quê. Mineiro é calado mas não é bobo, rssss.


    A terceira, embora fosse especial p mim, pois foi onde tudo começou, já não andava bem das pernas, pois a cada edição a qualidade caia visivelmente. Nos restou uma tal de "Internacional" de BH, que de internacionalsó tem o nome.

    Muito melhor fazer um treino como o "Treino PL50 - Faz um 21", do que encarar as meias meia boca daqui...

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    1. Se todo mundo fosse mais mineiro, malandro não se criava nesse meio, Daniel... ;-)

      Lamentei também a perda da Linha Verde. É um dos engasgos que ainda preciso tirar.

      Aqui tem uma prova que se considera internacional porque tem gente cujos avós vieram do Japão, hehehe... Marquetagem faz parte!

      Na falta de meias oficiais (mesmo boca), a gente se vira nos treinos. Tá valendo!

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