Não é o velho
western spaghetti das segundas-feiras à noite na TV (
putz, agora entreguei a idade, hein?), mas as minhas também não têm xerife que dê conta de botar ordem. A regra, como diria o Arnaldo, é clara: segunda é dia de treino regenerativo, de quarenta minutinhos no máximo. Mas, e depois de um domingo com prova de cinco quilômetros apenas, quando simplesmente não há do que se regenerar?
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Não adianta pedir, esse não perdoa |
Não deu outra. Já saí de casa disposto a fazer bem mais que o tempo regulamentar nesta noite morna (cadê o frio?) de inverno. Tinha em mente que a semana é quase
pré-maratonal, já que domingo, dia 21, é dia de correr pela terceira vez os 37 km de Via Dutra entre Taubaté e Aparecida. Desta vez, devidamente uniformizado e em um grupo certamente bem maior que nas outras edições. Sem exagerar na dose, portanto, resolvi ganhar a rua para um
mini-micro-longuinho.
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Muito bem trajados |
Mas, para onde ir? Esta é a pergunta que minha esposa sempre faz e eu quase nunca sei responder de antemão. Na
segunda sem lei, não poderia ser diferente. Fui por aí sem rumo, começando pela descida
a-ni-mal da Papa João Paulo I. Pensando em atravessá-la e, para variar um pouco, correr no contrafluxo da Avenida Mario Covas. Simplesmente não deu. O trânsito carregado do começo de noite me fez chegar ao Viaduto Frei Galvão ainda do lado de cá dele. Fui parar, sem querer, na velha pista sentido centro de quase sempre.
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Não vim de um lado, mas vim de outro |
Estava, como de costume, disposto a correr bastante. Mas não a correr
morro acima. Fui só fugindo das ladeiras; primeiro a do acesso à marginal da Dutra, depois a do Anel Viário, mais à frente a da Estrada Velha Rio - SP e, por último, a da São João. Só dobrei à direita quando não dava mais para seguir em frente pelo retão Covas-Zarur-Cury. Um dia, ainda emendam tudo com a Via Norte e aí a gente atravessa a cidade sem subir um
formigueiro que seja... Ô, alegria que vai ser!
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Por enquanto, só um monte de rabiscos |
Fui parar no centro da cidade subindo pela Anchieta e Borba Gato, a mais leve das rampinhas de acesso à região, contornando a orla do Banhado. Volta grande. Normalmente, dá para chegar à rodoviária velha com seis quilômetros ou pouco mais, dependendo do caminho utilizado. Por este, foram longos dez; em ritmo suave, completados em quase uma hora. Demorou tanto que até parei para um
pit stop e aguinha do bebedouro.
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Agora ela é chique, virou até Terminal Central |
Hora de retornar. Mas usando agora um caminho diferente, passando pelas ruas do centro velho, primeiro lugar onde morei na cidade. Fui fazendo ziguezagues, mudando de direção e de ideia sobre por onde ir, ora pensando em terminar mais cedo e voltar de
busão, ora disposto a correr a distância completa até meu bairro, esticando bem o passeio. Acabaria num meio-termo. Só iria parar na Cidade Jardim, já de volta ao Jardim Satélite, depois de completar a marca
emblemática das dez milhas (arredondadas depois para baixo pelo GPS para 16,05 km). Baixando, propositalmente, ainda mais o giro no trecho final, fazendo parciais acima dos 6'/km, quase como se numa maratona estivesse. E completando com um quilômetro de caminhada no último morrão.
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Ainda mais turtle pace que o normal |
Terminei meio cansado, mas satisfeito. Muito mais do que estaria se tivesse corrido apenas os quarenta minutos previstos. Sair da rotina, quebrar regras, definitivamente, é uma das coisas que mais me agrada neste mundinho da corrida. Teimoso como sou, se tivesse treinador, certamente iria levar
esporro atrás de
esporro. Por essas e outras é que não tenho...
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Ia dar briga... Prefiro continuar amigo deles! |
Foi um bom treino, mais um, aliás. O caminho até Lisboa segue... Quarta tem mais.
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E passa por aqui |
Link no Garmin Connect:
https://connect.garmin.com/activity/343221673
Resumo do treino:
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