É... Depois de muita (e necessária)
vagabundagem, quatro dias sem correr, três deles de ócio total (voltara na quinta à noite para a academia, fazendo uma série só de musculatura superior), era chegada enfim a hora de voltar aos treinos de corrida.
Caiu a ficha de que a Maratona de Lisboa está chegando, faltam menos de três meses para a minha estreia internacional nos 42,195 km. O descanso e a recuperação depois da
batalha do Rio foram muito importantes, diria fundamentais. Mas não havia mais tempo a perder.
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Cascais é logo ali... |
Talvez o mais sensato fosse fazer um trotezinho solitário, de no máximo meia hora, aqui no gramado da frente da Quinta das Flores. Mas o
ninja Mario havia solicitado a vez no rodízio de projetistas dos treinos coletivos semanais. E, como no futebol de Gentil Cardoso,
quem se desloca recebe, quem pede tem preferência.
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E agora, qual dos dois sou eu, mesmo? Japonês é tudo iguaru, né? |
O treino de regresso estava previsto inicialmente para quarta, mas, a meu pedido e dos demais
sobreviventes da maratona carioca, foi transferido para a sexta. Valeu. A troca possibilitou a presença até de gente que andava meio sumida, tipo o Michel, a Aninha, o Silas e o Rodrigo Almeida. A Praça da ACM no Jardim Satélite, que já é bonita, ficou ainda mais com a animação dessa galera.
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A turma do arroz de festa, mas também rostos novos (ou ressurgidos) |
A ideia do "conterrâneo" foi bem bacana: um percurso passando pelos três principais shopping centers da cidade. Eu até já fizera isso também, mas num
voo solo em agosto do ano passado. O desenho ficaria mais ou menos assim:
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Só faltou levar o cartão de crédito... |
Começamos o
circuito do consumismo pelo centro de compras da região sul, que na sexta à noite fica sempre cheio de
manos & minas e muito difícil de achar vaga para estacionar. Passaríamos primeiro pela sua entrada de motos e bicicletas, depois pelo acesso da Avenida Andrômeda, de trânsito complicadíssimo por conta da reforma (para que mesmo, hein?). E dobraríamos à direita para percorrermos sua face voltada para a Via Dutra. Deixaríamos o restante do contorno, incluindo a nova área de expansão, para o finalzinho do treino. O velho terreno da fábrica de chinelos foi muito bem aproveitado, não dá para negar.
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O velho e o novo sul do Vale |
O caminho dali em diante seria pela Avenida Jorge Zarur, o nosso Vidoca. Com um grupo grande como aquele na pista, até que os motoristas respeitaram (e receberam nossos acenos de agradecimento). Mas nem sempre é assim. O trânsito ali nas alças do Anel Viário, àquela hora do começo da noite, costuma ser bem carregado. E complicado.
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Não é Sumpaulo, mas é quase... |
Não tardou que chegássemos ao segundo shopping da noite; o que foi uma construção iniciada e abandonada durante muitos anos, ao lado do condomínio residencial homônimo. Enfim inaugurado, tornou-se o que mais recebe eventos de corrida, além de sediar um teatro, sempre com boas opções culturais (a gente não pensa só em corrida,
tá?). A sua atual reforma, que deve duplicá-lo de tamanho, tem causado alguns transtornos, inclusive a impossibilidade da realização de eventos esportivos, já há algum tempo. Mas deve ser por bom motivo. Vai ter espaço à beça para as
arenas quando enfim ficar pronto.
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Nas colinas |
Até ali, tudo plano ou descida. Mas depois desse segundo contorno, começavam as
armadilhas da noite. Voltar da subida da Niemeyer e encarar logo de cara a da São João é crueldade com os colegas, viu,
japa? Mas até que escalei de boa, junto à mureta central, diminuindo a marcha ao máximo, mas não andando. Virei à direita na Sagrada Família sem precisar de
extrema-unção.
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Impressionante como parece moleza na foto... |
O itinerário até o terceiro shopping da noite foi meio intrincado, passando pelo retão da Madre Paula e Heitor Villa-Lobos e virando ladeira abaixo na Rua Pedro Ernesto, depois de atravessar Nove de Julho, Adhemar de Barros e Francisco José Longo. Outra descida forte, daquelas que dão friozinho na barriga, foi a da Rua Turquia. Pena que a última. Depois, subida pauleira, da Rua Roma até chegar à Avenida Lisboa.
Uia! Que coincidência...
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A montanha-russa joseense |
Chegamos então ao mais antigo dos grandes shoppings da cidade, inaugurado no distante 1987. Lembro que, na primeira vez que entrei lá, pensei que nunca iria conseguir decorar onde estava cada coisa. Talvez hoje em dia, depois da grande e recente reforma, que o deixou meio irreconhecível por dentro e por fora, eu até não saiba mais mesmo. Mas houve um tempo em que andava lá de olhos fechados. Ali eu tenho muita história dos tempos de moleque. Outro dia desses... ;-)
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O do meus tempos de mano |
Hora de retornar. E o caminho mais curto era pelas avenidas paralelas à rodovia Rio-SP, onde estaremos no próximo dia 21, a caminho de Aparecida, só que no sentido oposto. Primeiro descemos a Benedito Matarazzo, do lado direito da pista. Depois cruzamos por baixo o viaduto e fomos para a Henrique Teixeira Lott. Um trechinho de marginal, em fila indiana, assustando os motoristas que vinham no fluxo. E logo chegamos de volta ao meu bairro, de onde saíramos hora e poucos minutos antes.
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Viemos lááááá do fundão |
Foram 12,4 km. Pelo menos eu acho. Meu relógio-frequencímetro-GPS endoidou e, mesmo tendo marcado todas as parciais de quilômetro, simplesmente voltou ao
modo hora, sem salvar na memória o treino. Primeira e, espero, última vez que isso acontece. Sem cansaço, em um bom ritmo, bem mais forte que os 6'/km que eu esperava fazer
morrendo nessa retorno. Um belo treino. E, melhor, passando pelos três grandes shoppings, sem comprar nada e nem gastar nenhum tostão
(ô, cara mão de vaca!!!!).
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Pense numa galera feliz, porque faz o que gosta |
Agora, é voltar às corridas, na prova do aniversário da cidade, domingo próximo. E seguir treinando, firme e forte, para a maratona portuguesa, com certeza. Há vida depois da maratona. E sim, ela continua.
"...E, como no futebol de Gentil Cardoso, quem se desloca recebe, quem pede tem preferência..." Jamais pensei em ler uma frase dessas num blog de corrida. Só quem realmente gosta da redonda pra sacar uma dessas.
ResponderExcluirBom período de transição!
Abraço!
Essa é do fundo do baú, hein, Gilson? Aprendi no Manual do Zé Carioca, hehehe...
ExcluirFinda a transição, bora treinar, porque daqui a pouco o gajo grita "Terra à vista" lá de cima...
Abração!
show esse blog Fábio Namiuti. Fotos fantástica ideias reais e maravilhosa!! Parabéns...
ResponderExcluirValeu, Helber, bom te receber por aqui. Volte sempre pra conferir as novidades. Grande abraço!
ExcluirBelo treino! Que venham as proximas!!!
ResponderExcluirValeu, Mario! Parabéns pela idealização desse belo treino. Sempre que quiser bolar algo, avisa que eu convoco a galera. Abraço e até os próximos.
ExcluirE eu tô nessa de afinar por correr mais lentamente, e por essas quedas. Ah...não quero mais isso não!! É bom correr de turminha. De Turminha é mais bacaninha!!!!!
ResponderExcluirNão deveria. Você se identificou com a nossa turma por ter DNA parecido, aquele mesmo cromossomo defeituoso do resto da galera maluco-asfáltica. Apareça... Você faz falta!
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