domingo, 13 de janeiro de 2013

Treino 5 - Hoje era Dia

Não é nem só na planilha de treinos. É também na vida. Há que se ter flexibilidade (e sabedoria) para mudar o que deve ser mudado. Jogo de cintura. Decisões não são cláusulas pétreas. Princípios, apenas, é que são.

Quando o treino de domingo, segundo e último longão coletivo do mês (nos próximos dois finais de semana, há provas previstas no calendário), foi combinado, a ideia inicial era fazer um percurso bastante diferente. O ponto de partida era o mesmo, a versão ultrapopular da conhecida rede de supermercados francesa (uma delas, a loja do bairro Vista Verde, já que existem várias outras unidades na cidade); e o de chegada também, a Rodovia Carvalho Pinto. Mas o caminho até lá era em outra direção, virando à direita no trevo e pegando o caminho dos bairros Campos de São José e Cajuru.

Era por ali
Mas é dever de quem concebe um evento, seja uma prova ou mesmo um simples treino entre amigos como esse, zelar pela segurança dos participantes. Com as chuvas constantes dos últimos dias, era bastante provável que o trecho final do percurso original, com cerca de dois quilômetros de estrada de terra, estivesse intransitável ou quase isso. Já na véspera eu bolei e divulguei um outro traçado, mais ou menos com a mesma distância, mas virando à esquerda, onde a seta da placa acima apontava para "N. Horizonte". O populoso bairro da região leste passou a fazer parte do itinerário, de comum acordo, em breve congresso técnico anterior à largada. O destino final passou a ser o distante bairro do Bom Retiro. Nunca botara os pés lá. Só no da capital.

Por um caminho ou por outro, chegamos lá
O tempo feio (para mim, bonito é assim; feio foi o calor da semana passada!) talvez tenha afugentado alguns dos potenciais participantes, mas mesmo assim conseguimos um bom quórum para o treinão, recebendo, inclusive uma ilustre comitiva caçapavense (Isaura, Diego, Leila, Renata e Raphael). Combinamos um pouco mais cedo dessa vez, para tentarmos largar pontualmente às oito da manhã. Chegamos perto disso. A Vanda, que nem apareceu na "foto oficial", pintou aos 45' do segundo tempo e com a maior cara de sono. O supermercado ainda nem abrira as portas quando pegamos o início do caminho.

O escrete
Rafael (o com "f"), Claudionor e o reaparecido Camilo, logo trataram de puxar a fila. Eu, Aldo e Marcelo ficamos em um segundo bloco, com o Tonico surgindo de vez em quando para completar o quarteto. Pena que o Marcelo acabou sentindo a panturrilha e, pensando já na prova do próximo domingo em Paraisópolis, preferiu abandonar o treino. Percurso dos mais agradáveis e desafiadores. Parecia bem planinho no começo, mas além do famoso "morrão do gás" no acesso ao bairro Paraíso do Sol, a estrada que eu ainda não conhecia reservou como surpresa belas lombas.

Fomos seguindo pelo trecho cada vez menos urbanizado até chegarmos ao final do asfalto. Os setecentos últimos metros foram de terra bem encharcada, mas sem chegar a empoçar e virar lamaçal. Deu para passar sem maiores dificuldades. Surgiu o viaduto, fizemos o bate-e-volta e logo encontramos no retorno os amigos que ainda iam, fazendo o tradicional informe "falta x".

Onde o terrão encontra a rodovia
Depois de um bom desempenho na ida, resolvi maneirar um pouco para não complicar muito a volta. O parceiro Aldo anunciou que iria aumentar o ritmo e, sozinho, tão logo encontrei um ponto comercial aberto, um dos únicos por ali, aliás, resolvi fazer um breve pit stop de reabastecimento. Comprei minha garrafinha d'água por R$ 1,20 e, como não pretendia levar moedas chacoalhando pelo resto da estrada, optei por levar algo para comer também. As opções não eram muitas. Acabei ficando com o pé-de-moleque, que custava módicos R$ 0,35. Deu o maior medo de dar revertério (nunca havia experimentado durante um treino), mas comi um e guardei o outro no bolso para mais tarde. Refeito, retomei o caminho.

Gel? Que gel?
Dessa vez eu não precisaria recorrer ao transporte coletivo. Mas optaria novamente por não fazer a distância total. Quando o relógio-GPS apitou pela décima oitava vez, já na Avenida Tancredo Neves, eu simplesmente parei e completei os dois quilômetros finais andando. Estou preferindo seguir o meu planejamento, que prevê evolução gradativa e hoje indicava 1h45min de treino. Do que precipitar rodagens mais longas e me expor a um risco desnecessário de lesão. A galera que me aguarde. Daqui a pouco, bem pouco, vou estar na mesma pegada que vocês!

Alguns amigos já estavam por lá, outros foram chegando depois. Fizemos uma "vaquinha" e, ao invés do tradicional lanchão comunitário onde cada um leva uma coisa, compramos pão de forma, presunto, queijo, sucos e biscoitos. Piquenique simples, mas dos bons, só não melhor que os papos, no assunto único que predomina: corrida. Vanda, como antes do treino, foi novamente a última a chegar: acabou se perdendo no percurso e indo visitar o itinerário original, lá pelos lados do Campos de São José. Mas chegou. Mostrou garra. Mostrou que é maluca do asfalto.


Como mencionei em meu mural no Facebook, ao publicar as fotos: medalha, camiseta, kit, corrida nenhuma, enfim, me traria mais satisfação do que passar a manhã de domingo, ao lado dos meus amigos, enfrentando e vencendo mais um desafio dos bons como esse. Obrigado a todos que lá estiveram pela presença e companhia.

Quarta-feira à noite, a partir das 19 horas, tem mais. Percurso a definir, ponto de encontro: Centro da Juventude, antigo Pavilhão de Exposições do Parque Industrial. Quem quiser, pode chegar.

Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/261552158

Resumo do treino:
Ei, Garmin Connect, o pace foi 5:50 min/km, ok?


4 comentários:

  1. Fábio, sou leitor do seu blog e não pude deixar de reparar o comentário sobre o cálculo do pace médio pelo Garmin Connect. Eu já tinha percebido esse furo nos meus próprios treinos e é impressionante como eles podem deixar um erro desse sem correção por tanto tempo. A diferença está no fato de que o connect calcula o pace médio, fazendo a média simples dos paces por volta, ou seja, quanto mais voltas, maior a diferença. Eu uso o connect como backup mas meu site pra registros mesmo é o Linha de Chegada, que faz este cálculo da forma correta: tempo total/ distância. Abraços.

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    1. Obrigado pela visita e mensagem, Everton. Também uso o Garmin Connect mais como uma ferramenta auxiliar, meus registros pessoais ficam armazenados na planilha Excel que eu mesmo desenvolvi. Tanto nela como na tela do relógio, o cálculo do pace médio está correto. Realmente lamentável que o site cometa esse erro matemático elementar.

      Abraço e bons treinos.

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  2. A ilustre comitiva agradece sensibilizada...rssss...muito bom!!!

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    1. Sempre muito bom receber vocês. É só convidar, que a gente retribui a visita, com muito prazer. Abraços e até os próximos treinos e corridas!

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