Treino 2 - Regenerar-se

Quem inventou a semana de sete dias certamente não corria. Se ela tivesse oito, ficaria muito mais fácil treinar dia sim, dia não, intercalar dias de repouso e ainda fazer alguns outros dias de cross training (outra atividade física paralela). Há até quem pregue o uso de ciclos não necessariamente vinculados ao calendário semanal, mas isso é privilégio de quem tem academia em casa. Ou 24 horas.

Já que não sou um Beatle, let it be

Sendo ímpares os dias e sua planilha preconizando quatro treinos de corrida semanais, não tem jeito. Em algum ponto, serão dois dias seguidos. Há algum tempo, desde minhas últimas preparações para maratonas, acabei optando pela "dobradinha" domingo (treino longo ou competição) e segunda-feira (treino regenerativo). As trinta e seis horas, aproximadamente, entre as atividades, além do fato do primeiro treino da semana (a do corredor, começa na segunda e não no domingo) ser tradicionalmente mais curto e menos intenso, favorecem bastante essa condição. Mais adiante, nos microciclos específicos da planilha de treinamento, nem todos os treinos de segunda serão desse tipo, regenerativos. Mas verei  mais tarde como resolvo essa equação.

Meus regenerativos, via de regra, são treinos com quarenta minutos de duração. Menos é pouco. Mais, já começa a virar outra coisa. O mais complicado de colocar em prática é o ritmo. Nem sempre consigo rodar devagarinho, como manda a "cartilha". Respeito a duração, mas tendo a aumentar a distância infringindo os limites de velocidade...

Quem lê, pensa que é muito rápido..

O primeiro regenerativo de 2013 foi típico: nos arredores de casa, no tempo padrão e desrespeitando a placa de 6'/km ou mais. Provavelmente uma das causas foi querer que acabasse logo. Correr é muito bom e está mais que na cara que adoro. Mas correr nesse abafamento de fim de tarde, ainda com quase trinta graus de temperatura, deixa de ser agradável para virar tormento. Quando é que acaba mesmo o tal do horário de verão?

Resposta censurada para menores

Saí sem rumo pelas ruas do bairro onde moro desde criança e no qual passei mais de noventa por cento da vida. A princípio, a ideia era fazer um percurso mais plano, mas a atração fatal por descidas acabou condenando a volta a algumas pirambeiras. Na pior e mais íngreme delas, a que vai da última rua do bairro, a Lira, até a Avenida Perseu, não tive vergonha de recorrer a uma andadinha... Só não vale acostumar mal!

Acabei fazendo um passeio sentimental, passando por algumas das ruas onde morei no Jardim Satélite: Itambé, Ilhéus, Licorne e Scorpius. Acabei esquecendo da Polar, um pouco mais afastada do roteiro. Ficou para outro dia. Foram muitas as lembranças dos bons tempos de moleque e adolescente, muito embora o bairro tenha mudado bastante, virado praticamente uma cidade dentro da cidade, de uns anos para cá.

Correr é a arte de desenhar com os pés pelas ruas da cidade

Apesar da temperatura elevada, de fazer suar em bicas mesmo em tão pouco tempo, o treininho foi produtivo. A segunda semana da planilha, primeira cheia, com todas as atividades, está só começando.


Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/259435479


Resumo do treino: