segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Treino 10 - A boa vista da Quinta

Na Quinta, a vista é boa... E o treino também! E ela não é feira, é das Flores. A frente do condomínio chiquetésimo da região sul de São José, desde que ganhou pista de caminhada, iluminação e, mais tarde, até academia ao ar livre, virou um badalado e disputado ponto de encontro de praticantes de atividade física. E isso vem de longa data. Depois da Área Verde do Bosque, ela foi um dos primeiros lugares frequentados pelo então (re)iniciante na arte da corrida naqueles remotos anos de 2003/2004. Ainda me lembro bem do enorme orgulho que senti quando fui capaz de correr aqueles 1500 metros de uma ponta a outra da pista, sem parar, pela primeira vez.

Que visu, hein?
Sempre morando nas redondezas (na parte menos aristocrática, claro!), virei habituê do local. Não sou lá muito fã de treinos em vaivém, mas perdi a conta de quantas vezes usei o trecho como parte do trajeto, a caminho de terras mais distantes. Hoje, entretanto, a planilha mandava fazer um easy run, nome mais bonito e curtinho para os tradicionais treinos regenerativos de segunda à noite. E decidi que seria por lá mesmo, como num flashback da década passada.

Se é bonita assim, imagina cheia de gente...
Ainda meio detonado das ladeiras paraisopolenses de menos de trinta e seis horas antes, tinha mais era que pegar leve. E comecei o trajeto Satélite -> Bosque imaginando estar rodando bem acima dos 6'/km. Mas como está difícil fazer isso! Parece que o modo pangaré do meu tacógrafo parou de funcionar... Ou quase! Ouvi o relógio apitar baixinho com 5'49'' no primeiro quilômetro. Deixei rolar. Fiz o balão em frente ao Teatro do SESI e da Praça das Bandeiras e peguei o caminho inverso, Bosque -> Satélite, em leve descida. Só acelerando: 5'42'', 5'26''... Ué, cadê regenerativo?!?

De um outro ângulo
Deixei de lado o relógio e foquei no puro e simples prazer de correr. De estar mais uma vez em um cenário tão conhecido, mas sempre tão bonito de se admirar. De esquecer o lado de lá, o trânsito infernal da Avenida Cidade Jardim; e descansar os olhos do cinza no verde da paisagem. De poder optar por correr no concreto da pista, no gramado, na terra; ou um bocadinho em cada um. O treino já era curtinho e, nesses devaneios todos, passou voando ainda mais. Quando vi, já estava no sexto quilômetro, final da segunda volta. Como ainda tinha seis minutos dos quarenta previstos, estiquei o percurso com um trotezinho de volta até os arredores de casa.

A casa é humilde, mas a vista da janela é coisa de bacana
Foi um treino simples, até banal, mas bem agradável, com gostinho bom de coisa do passado. Trazendo lembranças vívidas de quando correr era uma espécie de bote salva-vidas para aquele cara obeso, ex-fumante recente (ainda na briga para não voltar), lutando contra a hipertensão arterial e outros problemas de saúde correlacionados. Quem diria que a coisa fosse tomar esse rumo e me trazer até aqui, a caminho de uma ultramaratona de 24 horas...

Sei onde quero chegar. Como, ainda não exatamente. Vou descobrindo aos poucos. E curtindo o passeio enquanto isso.

Até o menor e mais trivial dos treinos pode ser uma celebração
Percurso no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/264713174#

Resumo do treino:

4 comentários:

  1. Que lugar bacana meu amigo !!!!

    Esse treino parece o meu de hoje rsrsrsrs

    FOrte Abraço

    Léo

    www.pisandoporai.blogspot.com

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    1. É isso, Léo. Saber valorizar o que a gente tem na mão. É um privilégio poder correr em um lugar tão bonito (e próximo) como esse.

      Abraço e bons treinos!

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  2. essa região de São Paulo é linda demais!
    o olhar da gente até se perde na contemplação desse vale!

    legal o ritmo do treino!
    imagine quando estiver na fase dos longões mais longos! é bom demais: a frequência cai, e a gente corre mais rápido sem nem perceber!

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    Respostas
    1. Beleza não falta para quem quer enxergar, né, Elis? Tá certo que não é nenhuma trilha igual à que você fez no final de semana (que lugar show!!!), mas o visual de hoje estava mesmo bacana. E o Vale é mesmo muito bonito.

      Por enquanto, estou só retomando a pegada, reacostumando a carcaça velha de guerra ao movimento, depois da paradeira do ano passado. Mas, quando começarem mesmo os treinos de verdade, vou tentar achar meu ritmo, que vai ser bem diferente desse. Vou ter que aprender.

      Obrigado pela visita e mensagem. Boa semana e bons treinos pra você!

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