terça-feira, 5 de novembro de 2013

Uma linha de chegada

Sim, vai haver um cronômetro de números bem grandes no final.

E pode ser que o seu tempo mostrado nele seja o dobro do vencedor da prova, ou até mais.

Pode ser que, até chegar lá, você tenha precisado trotar, parar, caminhar, voltar a trotar, quase se arrastar.

Pode ser que tenha precisado de ajuda, que sequer pediu, mas foi tão útil que mal pôde acreditar no poder que têm as palavras, mesmo um simples monossílabo "vai!".

Pode ser que você tenha duvidado da sua capacidade, que tenha se perguntado mil vezes o que estava fazendo lá. Pode ser que tenha pensado em desistir. Ainda bem que desistiu. Disso.

Pode ser que tenha faltado fôlego e sobrado cansaço. Pode ser que tenham surgido dores, reais ou imaginárias. Pode ser que a cabeça tenha mandado parar e o corpo simplesmente não obedecido.

Pode ser que os aplausos sejam tímidos ou protocolares. Pode ser que a sua façanha seja medíocre diante dos grandes atletas. Ou até dos pequenos. Pode ser que aquilo tudo não valha nada para mais ninguém, além de você mesmo.

Mas ninguém vai lhe tirar a glória de mais uma linha de chegada, que você fez por merecer, qualquer que tenha sido a distância percorrida ou o tempo gasto. Pode ser que nem haja motivo. Mas comemore, comemore muito.

4 comentários:

  1. Uau Fábio.
    Não sei o que te fez escrever isso, mas posso afirmar que foi miuto importante para o meu momento.
    Abraços e Deus te abençoe por tamanha inspiração.

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  2. Inspirador sempre.
    Beijos Fabio, ficou sensacional.
    Bons treinos
    Ju

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  3. É isso aí Fábio!

    A vitória pessoal é tão ou mais gratificante que qualquer outra. Parabéns pela excelente reflexão.

    Abçs

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